"É estranho. Mas é do nosso jeito" - 28º capítulo

|



P.O.V.'s Lua Blanco

   Fomos para o meu quarto. Estava um pouco bagunçado porque eu joguei todas as roupas para cima da minha cama, para poder encontrar os uniformes para os dias seguintes. Arthur nem se importou. Ele estava rindo desde que veio do corredor.

- Vem cá, vai continuar assim? – fechei a porta com toda a força possível
- Calma – ele parou de rir e veio até mim, me puxando pela mão e me encostando ao seu corpo – Eu só gostei de te ver…
- Estou linda hoje, né? – perguntei irônica
- Está mais linda. Sabe porque? Porque estava com ciúmes!
- E daí? Não posso? Além do mais - cruzei os braços, enquanto ele me abraçava - Mó sacanagem o que ela estava fazendo. A gente está junto, qual é a parte do “a-gente-está-junto” que ela não entende?
- Eu não sei. Acho melhor desenhar pra ela entender.
- Bobo. – o beijei. Passei as mãos pelos seus cabelos cortados e Bela tinha razão. Ainda dá para puxá-los, durante o beijo. Adorava aqueles seus lábios perfeitos em torno dos meus e adorava ainda mais poder sentir o gosto dele. Me sentei na cama e ele se sentou ao meu lado. Porém, o safadinho me puxou para o colo dele. Era tão bom estar assim. Tão bom.
- Ah não. – ele parou de me beijar e se afastou um pouco – Estou bravo com você
- Porque? – perguntei inocente
- Porque eu fiquei sabendo que você foi numa discoteca. Com o Caio. E não gostei, como é claro.
- Como ficou sabendo?
- O Daniel me disse
- E daí?
- E daí? Jura? Porque foi com ele? Porque não me chamou?
- Eu ia te chamar? Mesmo? jura? – o encarei – A gente estava afastados e eu não ia ter coragem de te ligar. Ou melhor, o meu orgulho não ia deixar. – me levantei – Arthur, você tem de me entender de uma vez por todas.
- Eu te entendo.
- Entende?
- É. Entendo.
- Então me diz como é que eu sou.
- Você é insegura. Você tem medo de dizer o que sente porque tem medo que a pessoa, pela qual você nutre um sentimento, não sinta o mesmo que você. Você não gosta de se rebaixar porque tem medo de sofrer. Tem medo de pedir desculpas e tem medo que essas desculpas não sejam aceites e pior ainda… tem medo que te abandonem. Você é insegura porque não tem uma auto-estima elevada. Você não se acha bonita o suficiente para ter alguém do seu lado e tem medo quando alguma garota se aproxime de mim e me roube de você. Tem mais, eu sei que vai ser necessário apontar uma arma à sua cabeça para você dizer que me ama.
- Chega. – sorri – Quem te contou?
- Quem me contou o quê?
- Tudo isso. Você não descobriu sozinho.
- Digamos que falei com a Bela, esses dias. Mas a maioria das coisas eu sabia, porque você me diz.
- Eu ainda vou dizer que te amo… porque eu já te amo. Mas eu não vou dizer que te amo agora. Eu vou deixar as coisas evoluírem um pouco mais, entende?
- Mas eu já sei que você me ama. – ele sorriu mais e me segurou pela cintura – Eu também te amo e também tenho as minhas inseguranças.
- Eu sei. – o abracei forte e o beijei.
- OPA! – Bela gritou – Casal, menos, muito menos. – ela pediu, entrando no quarto com Daniel
- Olha quem atrapalha – Arthur encarou Daniel – Não têm outro lugar para se pegar?
- E vocês? Não têm não?
- Não… só aqui. – dei de ombros. Joguei o Arthur na minha cama e sentei no colo dele – Vamos conversar?
- Jura? – Arthur me encarou
- É… quero conversar. – cruzei os braços
- O que vocês acham que vai acontecer nesse novo ano lectivo?
- Olha, eu quero meninos lindos na nossa sala, quero professores melhores ainda e muita adrenalina.
- É. Mas sem problemas, por favor – concordei com Bela
- Meninos lindos é? – Daniel encarou Bela – Para isso basta eu e ele, - Daniel apontou para Arthur, que estava tão ciumento quanto ele - Mais ninguém. Vocês só precisam de nós e mais ninguém, fechado? – falou o ciumento
- Concordo com o Daniel, hum. – Arthur me encarou


   E no primeiro dia oficial de aulas, eu já estava na cantina quando recebi mensagem do Caio dizendo que havia chegado, finalmente, ao colégio. Nós combinamos que eu o ia buscar à entrada, porque ele não conhece isso aqui.
   Queria antes avisar Arthur, mas ele ainda não tinha fechado na cantina, por isso fui embora mesmo assim.
Passei pelos corredores olhando os alunos novos. Havia muita gente mais nova que eu, pouco interessante. Continuei andando até chegar ao lado de fora do colégio e encontrar Caio encostado a um carro parado enorme e preto. Provavelmente era do motorista dele. Ele vinha com duas malas e o seu violão. Ah, o seu violão. Me lembrava perfeitamente. Caio toca muito bem.

- Caio! – o chamei. Ele veio até mim com um sorriso enorme e me cumprimentou com um beijo e um abraço
- Oi Lu. E ainda, sentiu saudade de mim?
- Bobo, foram só alguns dias – ri e entramos no colégio. Comecei a explicar a ele os lugares mais frequentados pelos alunos e ele achou bem interessante. Depois, fomos até ao gabinete do diretor para podermos saber onde ia ser o quarto dele. Curiosamente, era ao lado do quarto de Arthur. Ele deixou lá as suas malas e o seu violão e fomos para a cantina.

   Àquela hora da manhã, todo o mundo se encontrava na cantina para tomar o café da manhã e seguir para as primeiras aulas do dia. Fomos observados por todo o mundo. Primeiro porque a esta hora era para estar saindo da cantina e não entrando. Segundo porque eu estou com um aluno novo. Terceiro porque esse aluno novo é alto, moreno e de olhos verdes, muito encantador.

- O que ele faz aqui? – Arthur foi o primeiro a se pronunciar. Ele se levantou da cadeira e cruzou os braços
- Você não disse para ele que eu vinha? – perguntou Caio no meu ouvido
- Não, não disse… - suspirei – Ele vem para as aulas Arthur, lógico.
- Caio, tudo bem? – Daniel e Bela se chegaram para o cumprimentar, assim como os de mais. Daniel puxou uma cadeira e Caio ficou do meu lado, em frente a Arthur que nos encarava com pouca boa cara.
- Gosta ainda de queijo derretido? Será que tem?
- Adoro! – eu ri
- Eu vou buscar. – ele sorriu e foi lá buscar
- Queijo derretido? Desde quando você gosta de queijo?
- Uê, eu não gosto de queijo, mas queijo derretido no pão eu adoro.
- Você nunca me disse…
- Não calhou – dei de ombros
- E como é que ele sabe?
- Ele me conhece…
- Pelos vistos melhor que eu. – Arthur cruzou os braços
- Queijo derretido e uvas. Sei que você adora uvas! – Caio chegou e se sentou novamente – Olha só. – ele pegou o cacho e me deu uma na boca. Rimos. Mas quando dei de conta, Arthur já tinha saído da cantina.
- Algum problema?
- Não… eu já volto. – respondi a Caio

Hoje tem mais!

11 comentários:

  1. Posta +++++++++
    Ameeii *-*
    Amo o Arthur ciumento !.!.

    ResponderExcluir
  2. ciumentos demais eles dois

    Ana

    ResponderExcluir
  3. O arthur ate ta fofo com ciúmes mais o Caio também ta muito abusado( Bom ele pode ate saber do que a lua gosta) Mais da uma uva na boca dela já e de mais . Continua quero mais

    ResponderExcluir
  4. +++++++++++++++++++++++++++++++++

    ResponderExcluir
  5. Esse caio também é muito folgado néh! Mdds q atrevimento. Kkkkkkk #EuCiumenta...
    Entao, preciso dizer q estou amandoo?
    By:Rafa

    ResponderExcluir
  6. *o* amando cada vez mais!achei super fofo a lua com ciumes, e agr o Thur :3 posta logo o outro u.u
    Danny

    ResponderExcluir
  7. quasei bati no caio com as uvas dele hahah folgado ele.. espero que não brigiem de novo.. ta muito boa a web, cada vez melhor
    ass: Bell

    ResponderExcluir