P.O.V.'s Lua Blanco
Fomos para o quarto de Arthur. Ele foi tomar banho,
enquanto eu fiquei encarando todos os seus quartos. Reparei que, atrás da sua
porta, havia um skate. Me lembrei que o Caio era louco por skate, não sei se
ainda o é, já que está maluco com a sua nova moto.
O Arthur desenhava muito bem. ele também pintava, mas eu
preferia, sinceramente, os seus quadros desenhados a lápis. Havia de várias
coisas: paisagens, objetos, pessoas e… eu?
- Arthur, você me desenhou? – perguntei, segurando uma
folha que estava sobre o seu armário, junto com uns documentos dele.
- Ei, quem mandou mexer nisso? – perguntou ele sério, de
toalha sobre a cintura, tirando o desenho da minha mão
- Não sabia que não podia mexer…
- Ainda não está concluído. – ele guardou, com muito
cuidado, numa mica.
- Eu posso vir no seu quarto mais vezes? Adoro isso aqui.
– sentei na sua cama e olhei para todos os seus desenhos – Aquele ali é a
piscina? A nossa piscina? Do colégio?
- Reconheceu? – ele riu – Desenhei uma noite dessas.
- Meu deus… você tem futuro!
- Que nada! – ele riu fraco
- Claro que tem! – sentei na cama – Porque não tenta?
- Quem sabe um dia… - disse ele do banheiro privado do
seu quarto. Logo depois, saiu já com uma bermuda vestida, enquanto bagunçava os
seus cabelos para o lado
- Vem cá! – pedi, esticando os braços. Ele sentou ao meu
lado, na cama, e de seguida eu dei a ele um beijo. Um beijo qualquer não, mas
um beijo com amor. Aquele safado logo me puxou para o seu colo, onde eu
coloquei as pernas apenas, segurando a sua nuca – Isso foi pelas suas notas! –
disse, e logo respirei bem fundo, recuperando o meu fôlego
- Nossa. Eu devia tirar mais notas boas todos os dias –
ele riu e me abraçou – Ficou feliz?
- Muito! E muito orgulhosa de você. E o seu pai, o que
disse?
- Ficou normal. Disse que estudar era o meu trabalho e
que para o ano eu deveria me aplicar mais.
- Normal de pai. Acho eu.
- E o seu? Como está?
- Nunca mais falei com ele.
- E aquele rascunho que eu fiz?
- Que rascunho?
- Aquele que te dei ontem
- Aquele desenho?
- Não, aquilo era um rascunho
- Não, aquilo era um desenho!
- Rascunho!
- Desenho! – bati o pé – Aquilo estava perfeito.
- Claro que não – ele riu – Mas você gostou?
- Eu adorei. – sorri, encantada – Entendi logo a sua
necessidade de ficar comigo assim, por isso é que eu vim.
- Fez muito bem. eu estava com saudades dessa Lua.
- Dessa Lua? Mas não tem outra Lua
- Claro que tem. Tem aquela menina meia rebelde,
orgulhosa e chata. Que me tratou muito mal, ontem
- Desculpa! – o abracei – Foi sem querer.
Deitamos na cama dele, ficando um a fazer carinho no
outro. Quase adormecendo.
Naquela mesma tarde, a galera combinou de se encontrar.
Iríamos sair à noite, coisa que me estranhou muito. Ficou combinado esperarmos
num barzinho qualquer às 22horas. Quando cheguei, Bela me olhou séria e quem
sabe triste.
- Oi vadia!
- Oi vadia… aconteceu uma coisa.
- Que coisa?
- A Diana…
- O que tem essa desaparecida?
- Ela me mandou um e-mail… ela foi embora. Para sempre.
- O quê? Embora?
- É… diz que está apaixonada e que vai viver com o amor
da vida dela. olha, eu não entendi realmente nada. Acho que algo está
acontecendo…
- Ela não me disse nada… alias, eu não falo com ela à
muito tempo. Desde que aconteceu aquilo com os meus pais que eu me desliguei
muito.
- Verdade. Agora você só quer Arthur, Arthur e Arthur.
Amigas que é bom, nada! – ela jogou na minha cara – Fiquei sabendo que o Daniel descobriu tudo! Até que enfim, né? Estava mais do que na altura – rimos as duas
- Verdade… mas hoje a gente vai assumir para o resto do
pessoal que não sabe.
A galera foi chegando aos poucos e fomos entrando no bar.
Pedimos umas bebidas, algumas sanduíches e ficamos conversando de boa, até Daniel se armar em esperto.
- E hoje – Daniel anunciou, subindo em uma cadeira – Essa
noite será para festejar as boas notas de recuperação que eu e o Arthur
tivemos. Uma salva de palmas! – e todos aplaudimos – obrigado, obrigado – disse Daniel, fazendo vénia
- Obrigado gente – disse Arthur – Queria agradecer a
todos vocês, por terem me ajudado com aqueles dias de explicações chatas. E em
especial… - ele se levantou e pegou a minha mão para eu me levantar também – À
minha namorada, que acreditou sempre em mim e me ajudou muito nesses dias! – e
nisso, o louco me beija em frente de todo o mundo.
- O QUÊ? – alguns perguntaram
Para além de estar os nossos amigos, estavam também
outras pessoas do colégio, que nos reconheceram e ficaram admirados com o nosso
namoro, que por tanto tempo era escondido. Finalmente havíamos assumido para
todo o mundo!
E para festejar, bebemos uns shots, mandamos vir umas
comidinhas rápidas e num instante bateu a meia-noite. Aquela noite tinha
passado voando e, neste novo ano, foi a primeira vez que me diverti tanto.
- Eu te levo em casa. – disse Daniel a Bela – Lua, vem
também?
- Não, eu levo ela. – disse Arthur, respondendo por mim
- Parabéns casal. Estou muito feliz por vocês. – disse Anita, sorrindo
- Gente, eu não estou feliz. Eu estou MEGA feliz e muito
espantada. Quem diria né? Lua Blanco e Arthur Aguiar. – Jhulie riu
- Estou que nem a Jhulie – disse Cassandra
- Vocês fazem um casal lindo! – disse Rute
- Obrigada gente – eu ri e Arthur me abraçou por trás
- Vamos nessa então? – perguntou Samuel – Eu vou chamar
uns táxis.
Enquanto a galera foi de táxi depois de nos despedirmos,
Arthur chamou o seu motorista para nos levar até à minha casa. Fomos o caminho
todo abraçados no carro. Na verdade, eu estava quase deitada sobre o colo dele,
enquanto ele mexia de leve em meus cabelos. Eu adorava quando ele vazia isso.
- Chegaram. – disse o motorista
- Eu te levo até à porta. Espere um pouco, tudo bem?
- Claro. – o motorista respondeu
Fomos de mãos dadas até à entrada da minha casa. Eu
peguei a chave da minha bolsa e abri as portas. Estava tudo apagado já. Também,
pelas horas que eram, todo o mundo já deveria estar dormindo.
- Adorei essa noite – confessei
- Eu também. Finalmente contamos para todos sobre o nosso
namoro. Acho que ninguém se esperava. Nem sei porquê.
- Ninguém esperava que eu me apaixonasse por você, nem
você por mim
- Se apaixonou é? – ele me encarou com um sorrisão nos
lábios
- Arthur… - disse mais baixo, desviando o olhar do seu.
- Ei, eu amei isso. Eu amo cada bocadinho de você. Eu amo
o facto de você não conseguir dizer a palavra amar tão bem como outras pessoas,
mas eu vou esperar você dizer que me ama quando se sentir pronta. Porque eu sei
que, quando você disser que me ama, é porque me ama mesmo, de verdade.
Podia até chorar com as palavras dele, mas nem deu tempo.
Arthur me segurou bem forte, pronto a me beijar. Aqueles beijos mexiam tanto
comigo. Eu senti um calor dentro de mim, umas borboletas na minha barriga, uma
sensação estranha mas agradável. A minha vontade era de ficar assim, para
sempre com ele.
- Quer entrar? – perguntei, me afastando do seu beijo
maravilhoso e respirando fundo
- Melhor não… o meu segurança está ali à minha espera. E
também está tarde.
- Então tá… até amanhã. – o beijei mais uma vez e ele
esperou eu entrar dentro de casa, para só depois ir para o carro
Está legal? Amanhã posto mais!
Esta mais que legal está demaiis
ResponderExcluir+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
ResponderExcluirperfeito
ResponderExcluirAna
Que lindos *.*
ResponderExcluirEsta mais que legal, esta PERFEITO
ResponderExcluirTo amandoo muitoo
ResponderExcluirSe esta legaaal? Isso esta perfeito minha filha! Amaaaaaaandooo!
ResponderExcluirBy: Rafa