"É estranho. Mas é do nosso jeito" - 16º capítulo

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P.O.V.' Lua Blanco

- BOM DIA, BOM DIA, BOM DIA! – dei, assim que cheguei, no dia seguinte, ao café da manhã. Por incrível que pareça, os meus pais estavam na mesa, lendo o jornal, enquanto Maria, a nossa governanta, colocava o nosso café na mesa.
- Meu deus do céu, deve estar chovendo pedras
- Está? – minha mãe interrogou
- Meu deus do céu, claro que não, né? – meu pai encarou a minha mãe – Só estou achando estranho a dona Lua Blanco estar em pé já tão cedo!
- É que vou estudar.
- Não… não, não, não. Não pode ser.
- O quê? – os encarei e sentei na mesa
- Estamos nas férias de verão. Ainda nem são 9horas da manhã. Você já está acordada, me dizendo que vai estudar? PARA O MUNDO QUE EU QUERO DESCER! – minha mãe gritou
- Realmente é estranho. – disse Maria
- Claro que não é estranho. Eu vou ajudar uns amigos, mais nada
- Que amigos?
- Arthur Aguiar e Daniel Smith... uns do colégio. Eles estão de recuperação e pretendem subir as médias
- E porque é que eles não vão para explicações? Os pais deles não são ricos? Que se virem.
- Por favor, né pai? Eles são meus amigos. Sinto a obrigação de os ajudar! E por falar nisso, eu estou atrasada! Fui! Beijo! Amo vocês! – ri e saí de casa

   O dia parecia mais bonito. Estava um sol bem quente, uma brisa igualmente quente e as pessoas? As pessoas têm um sorriso lindo no rosto. Estamos no verão, é dia de sermos felizes! 
   Arthur me mandou mensagem, pedindo que eu fosse mais cedo para a sua casa, onde hoje se iam decorrer as explicações. 

- Bom dia! – dei, depois de tocar à campainha e uma moça muito educada me abrir a porta
- Bom dia. Vem para as explicações?
- Sim. Cheguei cedo de mais?
- Não. Já tinha chegado uma menina aqui. Pode entrar. – ela sorriu

   Estranhei. Arthur me disse que íamos poder ficar sozinhos até às 9h30. Subi para o seu quarto, mas antes de entrar lá dentro, agitei os meus cabelos e só depois bati mesmo à porta. 

- Bom dia Lua! – Anita deu. 
- Bom dia… não sabia que vinha também.
- É. Vou ajudar o Arthur. Você também?
- Sim… o Daniel não chegou?
- Não. Só cheguei eu. Mas entra. – ela me deu espaço – Eu vou buscar um livro que Arthur pediu. 
- Aff, que saco. Vou ter de ficar com esse garoto? – apontei para Arthur, que mordia o lábio para não rir
- É. Tentem não se matar, tá? Volto já! – Anita saiu, eu fechei a porta, jogando a minha bolsa para o chão e indo em direção a Arthur.

   Ele estava lindo. Correção, ele é lindo! Mas aquela regata azul… Adoro aquele seu perfume. E o cabelo? Que topete maravilha.

- Saudade de você!
- Tem nem 12 horas que nos vimos – o abracei e beijei
- Mesmo assim! – ele tinha os seus braços de volta da minha cintura – Quero te beijar muito, antes que ela chegue.
- Devo ficar com ciúmes? Vocês dois, aqui sozinhos… você me disse que eu seria a primeira a chegar. – fiz bico
- Ah, mas ela quis vir mais cedo e não tinha como eu dizer que não. – ele me beijou – E o Samuel? Você falou com ele?
- Acha mesmo? – o encarei - Eu falo hoje… se der.
- Tem de dar. E se livre de beijar ele na minha frente. – eu ri de Arthur
- Ciumento hein! – dei um selinho nele
- Até parece. Estava toda mortinha aí de ciúmes por a Anita estar aqui… logo a Anita né? – ele riu – Pãozinho sem sal.
- Que mau - eu ri, enquanto dei um tapa leve no seu ombro - Mas ela parece ser boa garota. Bem mais ajuizada que eu
- Disso eu tenho a certeza! – ele riu. – Chega de papo. Eu quero beijo.


 
   Arthur me prendeu contra a sua cintura e caímos os dois na sua cama, grande e bem espaçosa, que se tornou pequena connosco ali, se beijando como se não houvesse amanhã. 
   O nosso beijo evoluía de dia para dia. É estranho dizer isso. Mas eu sentia uma diferença no modo de beijar. Não que nos beijemos à muitos dias (risos), mas a forma de Arthur me segurar pela cintura e de eu o segurar pelo rosto faz-nos intensificar o beijo. Não damos os selinhos seguidos. São beijos a sério. Aquele beijo em que eu consigo sentir o gosto da sua língua na minha. 

- Ah, preciso respirar! – parei de o beijar, embora que ele me tentasse puxar de novo. Estava por cima dele, apoiando os braços na cama à sua volta. Meu coração quase pulava do peito toda a vez em que eu tinha ele ali tão perto de mim, olhando directamente para o meu rosto. Estávamos a poucos centímetros de distância. 
- O nosso ar devia ser infinito, para esses casos
- Eu também acho! – caí ao lado dele na cama. Arthur logo deu a volta e ficou por cima de mim novamente, brincando com o meu cabelo encaracolado. – Eu acho melhor você pegar os livros, enquanto eu ligo para o Daniel e para a Beija. Eles nunca mais chegam. Além disso, já passou tanto tempo e a Anita ainda não chegou.
- Só mais um pouco, prometo! – ele beijou o meu rosto – Isso de namorar escondido tem a sua graça. – ele riu

   De um momento para o outro, uma coisa de segundos, a porta se abre e fecha assim que Samuel entra. Ele vinha com livros na mão, deixando-os cair assim que nos viu na cama. Sentamos na cama, apressados e embaraçados com aquela situação. Arthur se levantou logo quando Samuel tentava abrir a porta para ir embora.

- Espera! – Arthur se colocou na porta 
- Espera Samuel! – disse eu novamente, me levantando da cama – Não é o que você está pensando…
- Não estou pensando nada. – disse ele todo tímido 
- Eu sei que a gente estava naquele namoro de mentira, mas você sabe que eu era louca por esse louco aí – apontei para Arthur
- Eu sei… mas pensei que a gente namorasse. E que você gostasse de mim.
- Samuel, eu te disse que era pra fazer ciúmes... era um namoro de mentira.
- Eu sei. – ele suspirou 
- Você não pode contar pra ninguém o que viu aqui
- Eu não vi nada
- Isso, você tem de dizer isso, que não viu nada! – Falou Arthur
- O nosso namoro de mentira acabou?
- É. Acabou. Mas a gente pode ficar amigos, que tal? – sorri
- Sim. Adoraria. – ele sorriu
- Porém, na frente dos outros, a gente ainda namora. Ok?
- Tá… - ele respondeu envergonhado e talvez confuso.

   Alguém bateu na porta. Arthur fez gestos para a gente reagir normalmente, para que parecesse que nada tivesse acontecido. Eu me sentei no chão, peguei o livro de física e abri numa página qualquer, enquanto Samuel fez o mesmo com o de história (mesmo que Arthur não precisasse de explicações em História).      Arthur abriu a porta para Arthur, que veio acompanhada de Daniel e Bela.

- E ai vagabunda! – riu Bela, chegando perto de mim
- E aí parceiro! – Daniel cumprimentou Arthur
- Mas vocês já estão juntos? – perguntei – Sua vagabunda! Você e a Diana me fizeram ir na praia para nada!
- Para nada? Como assim? – Bela questionou, olhando para mim e depois para Arthur 
- Você não foi Arthur? - Daniel colocou a mão na cintura e outra no cabelo
- Era para ir? – Arthur se fez de desentendido
- Uê, eu falei que estava mal e pedi pra você ir ter comigo na praia. – disse Daniel
- Eu não fui. Meu pai nem me deixou sair de casa. – Arthur mentiu mais uma vez
- Mas você disse que tava saindo de casa e que… ou fiz confusão? – Daniel puxou os seus cabelos para trás. Ele estava mesmo confuso.
- E você fez lá o quê Lua? – Bela cruzou os braços e me encarou
- Dei um mergulho e vim embora! – respondi a Bela, mentirando – Mesmo de noite, sua vadia. Se algo me acontecesse, eu ia te matar, ok? 
- Desculpa… - ela mexeu no cabelo – Não era pra ser assim… - ela olhou Daniel. O plano deles tinha “dado errado”
- Vamos estudar ou está difícil? – Arthur perguntou
- É. Vamos estudar. – todos nos sentamos novamente. Arthur ficou do meu lado e eu me fixei para não o agarrar ali.
- Começamos por física?
- Sim. Daqui a três dias tem prova.
- Então vamos lá! – começamos a estudar.

   Estava ficando chato estar ali sem nada de mais a acontecer. Eu podia ensinar Química, junto com Bela, mas os garotos queriam focar na física.

- Já chega né? – perguntei, farta de esperar
- Chega de quê?
- Estudarem física! Eu vim aqui pra nada uê
- É, estou começando a ficar farta também! – Bela cruzou os braços
- Acontece que não é você que tem prova – Arthur me provocou
- Se você estudasse mais, não teria prova de novo também! – o encarei
- Eu sei. – ele suspirou. Se fez silêncio.
- Uê, a vossa briga vai ficar por ai?
- Como assim? – encarei Daniel
- Arthur, você vai dar a razão pra ela?
- Ele sabe que eu tenho razão e que comigo não vale mesmo a pena insistir.
- Vou deixar ela ser iludida, Daniel – Arthur me provocou
- Antes iludida do que burra
- Pronto, começou! – disse Anita – Arthur, se acalma! – ela colocou as mãos no ombro dele – Vamos continuar a estudar.

   E estudamos até à hora do almoço. A empregada nos chamou para descer e eu fiz de propósito para me atrasar e ficar com Arthur no quarto. 

- Muito bem! Não podemos perder o jeito de discutir – ele riu
- Mas vou sentir saudades das nossas brigas – eu ri
- Melhor você descer. Eu vou atrás.
- Tudo bem! – dei um selinho nele, mas depois olhei para a porta e novamente para ele – Não, não, só mais um pouquinho. – o beijei por mais uns segundos – Eu estou tão feliz do seu lado que… cara, não sei explicar. É que parece mentira, né?
- Se eu for falar o que eu penso… não saímos daqui hoje.
- E o que você pensa?
- Eu penso que… tudo isso é um sonho. A gente parecia se odiar, né? Mas pow, você foi até hoje a garota que mais me deixou doido. Sei lá, quando eu pensava em outras garotas, tipo a Frederica, eu só pensava em sexo! – Arthur foi muito direto – Mas você não… você é diferente. Você é… especial. – ele passou a língua nos lábios e olhou bem dentro dos meus olhos
- Você também é especial. – quase senti os meus olhos brilharem. Arthur estava mesmo dando a volta à minha cabeça.

GENTEEEE, CHEGAMOS AOS 199 SEGUIDORES! 
FALTA APENAS 1 PARA 200. VAMOS LÁ?
Então, Malhação começa hoje. Não se esqueçam de assistir!

6 comentários:

  1. Posta ++++++++++
    Ameeii *-*
    Ownn't que coisa mais linda esses dois .!!. ❤️❤️

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  2. Lindossss
    Mais PF!!!!!!

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  3. Vou assistir com toda a certeza do muuuundo! Vou ver o Aguiar aquele gooxtosooo! Enfiiiim.......Amando a sua web
    By: Rafa

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  4. Ameiiiiii posta ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

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