P.O.V.'s Lua Blanco
Fomos para a praia. Aquele dia tinha sido um desastre. Daniel e Bela até tiveram uma boa ideia. Nada como o mar para me acalmar. Eu me distanciei deles e fui me sentar à beira mar. Sentia tanta vontade de tomar um banho, mas era tarde e eu nem tinha biquíni (não que isso fosse realmente um problema).
Estava com os olhos postos no mar, não a 100% porque vi Arthur chegando. Eu me encolhi, mas ele continuou passando por mim sem dizer nada. Aí eu me levantei e olhei pra ele.
- Perdeu alguma coisa? – perguntei
- Você perdeu?
- Não… - cruzei os braços – O mar pertence a todos.
- Ah, então eu tenho o direito de ficar aqui
- Mas veio atrás de mim porquê? Porque não fica com os outros lá? – apontei para os de mais que estavam um pouco mais longe de nós conversando na areia
- Você se acha! – ele riu irónico
- Olha, eu estou sem paciência pra pensar em respostas. Vai embora.
- Mas quem disse que eu quero brigar? Eu já te disse… - ele deu um passo na minha direção – Eu quero sossego.
- Otimo! – fiquei firme
- Beleza…
- Vai embora então. Preciso de estar sozinha
- Não antes sem você me responder a razão daquela briga. Você brigou por mim.
- Eu disse VAI EMBORA! – dei ênfase nas ultimas duas palavras
- Eu não vou – ele riu
- Eu cheguei primeiro. Vai embora.
- E eu cheguei depois. Não vou.
- Porque você é tão burro? – dei um passo para trás, pois estávamos demasiado perto
- Vem cá… você está com medo?
- De você? Precisa de comer mais arroz de feijão!
- Você não tem medo de mim. Você tem MEDO do que sente por mim!
- Sabe do que eu tenho medo? Eu tenho medo de te beijar e daqui a uns anos a gente passar pela rua e não se falar e esquecer completamente o que aconteceu. Eu quero algo duradouro.
- Mas fique tranquila porque eu já esqueci que a gente se beijou, mas mesmo assim continuo falando com você!
- Melhor pra mim! – engoli o orgulho
- Você é insuportável.
- Faço de suas, as minhas palavras. – respondi e Arthur foi embora.
Fiquei um pouco mais lá, escutando o barulho das ondas. Já falei que o mar me trás paz?
A galera me chamou depois do sol se pôr. Eu me sentia, mais uma vez, excluída de todo o mundo que estava ali. Bela e Daniel estavam agarradinhos como pastilha elástica que cola e não descola mais. O Matheus cantava a Jhulie a toda hora. Mas a garota é apaixonada por Bruno que “namora” com a Cassandra.
Enfim. Jovens sem noção. Jovens em perigo de se apaixonarem e caírem nas garras do amor.
Eu ia na direção de sair da praia. Eu ia à frente sozinha, pensava eu. Arthur passou mesmo ao meu lado e acabou me passando uma rasteira de propósito.
- Tá ficando chato isso.
- Estou apenas saindo da praia. Que eu saiba só tem uma saída. Temos também os mesmos amigos e essa é a única razão da gente se ver nas férias de verão
- Não mete eles no meio! – briguei. Meu celular estava tocando e quando peguei ele, caiu no chão se abrindo todo. Bateria de um lado, capa do outro. Enfim.
- Cuidado pra não quebrar hein
- Cuida das suas coisas, garoto
- É exatamente isso que eu estou fazendo.
- Que bom pra você! – fui grossa
- Até quando a gente vai ficar assim? – ele me encarou, parando à minha frente
- Me erra garoto! – repeti o que ele um dia me disse
- Espera! – ele segurou a minha mão – Vamos conversar.
- A gente já conversou o suficiente
- Não mesmo! – ele estava sério – Eu ainda quero saber o que foi aquilo do beijo e de anos se passarem e a gente não lembrar
- Você próprio disse que esqueceu o nosso beijo
- Depois de você falar que tinha medo…
- Eu não tenho medo de nada! – deixei claro
- Tem sim! Você tem medo de me beijar e depois me esquecer. Tem medo da gente não resultar e de não ser para sempre.
- E o que tem? Não posso ser assim?
- Se você acreditar em mim e confiar em mim, não vai ser assim. Eu prometo…
- Tá falando que nem o seu pai. Os políticos prometem, prometem e prometem e não fazem nada!
- EU NÃO SOU COMO O MEU PAI! – ele gritou comigo
- Quem grita aqui sou eu! – gritei. A verdade é que estava com medo do Arthur. É raro ver ele tão chateado como neste momento ele estava.
A galera chegou e chamaram os táxis que logo chegaram e nos levaram para casa. Aquele dia tinha acabado, finalmente.
Na outra semana, Daniel e Arthur tinham mini provas, por causa das aulas de recuperação, e necessitavam da nossa ajuda, minha e da Bela, para se safarem em algumas matérias. Eu ajudava em Matemática e Bela ajudava em Física. Diana até disse que podia aparecer por lá, mas não ajudaria em nada porque realmente ela não é boa em matéria nenhuma!
Combinamos estudar na casa da Bela, mas para não variar, eu cheguei atrasada. A empregada me levou até ao quarto dela. Eu já falei pra ela um milhão de vezes que sei onde é o quarto da Bela, mas ela sempre insiste em me levar.
A porta estava entre aberta. A empregada desceu e eu escutei o meu nome. Decidi ouvir do que falavam.
- Eu sou completamente louco por ela. – era a voz de Arthur
- Ah claro. Deve ser mesmo. Você vive brigando com ela – disse Bela
- A verdade é que ele tenta. – Daniel defendeu Arthur – Ele tenta ser carinhoso e romântico com ela.
- Eu fui tudo e mais alguma coisa com ela. Mas só ganhei tapas na cara. Mais nada.
- A Lua é assim. Conhecemos ela a um ano e sempre foi assim. Ela nunca se entregou para ninguém. Nem a mim aquela idiota diz que me ama. – Bela reclamou e logo riu – Ela é assim mesmo. Mas não quer dizer que ela não te ame de verdade.
- Mas ela se acha muito! Que convencida! – Arthur reclamou
- Que nada – disse Bela
- Mas eu pensei: se ser legal com ela não resulta, então eu tenho de tentar outro jeito.
- O quê? O que você vai fazer? Garoto, assim você e ela não vão dar certo! – Bela quase gritou
- Claro que vamos! Até agora eu tentei por bem e ela não cedeu. Então, eu vou tentar por mal.
- Você não tem jeito mesmo – Daniel riu
- Ela anda cheia de certezas e acha que é dona da razão. Mas o que eu vou fazer a partir de agora… - não consegui escutar mais, porque ouvi alguém subir as escadas.
- Samuel? – estranhei – Você aqui?
- É… vim ensinar Alemão para o Arthur e para o Daniel. E você?
- Vim ensinar algo também… - sorri e tive uma ideia – Samuel, você topa numa coisa comigo?
- O quê?
- Agora vamos ser grandes amigos. Tipo… amigos coloridos, sabe?
- Porquê isso?
- Porque… sei lá. Porque sim. – eu ri. Samuel estava pouco à vontade mas logo cedeu.
Entramos no quarto de Bela sem bater à porta. Arthur se calou logo. Eu e o Samuel entramos de mãos dadas e sorridentes para todos. Embora que eu soubesse disfarçar melhor que ele.
Arthur se endireitou na cadeira e olhou direto para as nossas mãos. A gente tirou as mochilas, colocou de lado e sentou ao lado dos restantes.
A gente deu a explicação necessária a eles. Durante essa explicação, eu sempre fazia gracinha no rosto do Samuel. Dei inclusive um beijo no seu rosto. Arthur olhava para a gente super irritado e pediu várias vezes para parar com a explicação com a desculpa de que já sabia de tudo.
No final, só eu, Samuel e Arthur é que saímos mais cedo. Daniel e Bela aproveitaram para ficarem por lá mais um pouco, em casa dela.
Eu e Samuel fomos à frente, de mãos dadas conversando enquanto Arthur ainda ficou para trás, não sei porquê.
- Está fazendo isso porquê? Não entendi todo aquele carinho no quarto da Bela. É pra fazer ciúmes no Arthur?
- Digamos que é pra dar uma lição nele. Por favor, você precisa de me ajudar.
- Tudo bem… - ele suspirou – Isso não vai dar certo.
- É claro que vai. A gente só precisa de treinar o beijo
- O beijo? – ele quase gaguejou
- É. É o que os namorados fazem.
- Namora-dos? – ele gaguejou de vez
- Sim, vai ser legal! – eu ri
Confesso que estava tão nervosa ou até mais nervosa que o Samuel. E além do mais, eu estava fazendo uma coisa que não estava gostando: beijar alguém que daqui a 50 anos não vou amar de verdade. Mas é por uma boa razão.
Eu e Samuel nos beijamos. O que senti com ele não é nem metade do que eu sinto quando beijo Arthur.
Arthur passa por nós fintando-nos. Não parou de olhar um segundo. Parei de beijar o Samuel para depois olhar para o Arthur e o encarar. Coloquei uma mão de volta da cintura de Samuel, enquanto ele fez o mesmo comigo. Arthur olhou para nós com má cara e quando se ia virar, eu o provoquei.
- Que má cara é essa Arthur? Falta de beijo? – ele olhou para mim – Sabe o que eu acho? Eu acho que o problema não é falta de gente para pegar. O problema é falta de prática. Seu beijo não é bom, Arthur. Você precisa de treinar mais com o travesseiro.
- Lua, deixa ele. – Samuel defendeu ele
- Vocês namoram é? – perguntou Arthur com um certo receio
- Ficamos lindos juntos, né? – abracei Samuel de lado, não respondendo totalmente certo à pergunta de Arthur
- Eu pensei que…
- Que o quê?
- Nada. – ele suspirou e olhou para o chão – Nada mesmo. – Arthur vai embora de cabeça baixa.
- Ele gosta de você… você está fazendo ele sofrer. Coitado dele, Lua.
- Coitado nada. – me debati – Eu ouvi uma conversa entre ele e o Daniel e você nem imagina as coisas terríveis que ele disse de mim.
- Vocês se gostam
- Não. Eu não gosto! – cruzei os braços – Eu não gosto de coisas erradas. Eu não gosto dele.
- Você gosta dele. Você adora coisas erradas. – Samuel me encarou
Capítulo grande, não?
Cris eu estava sumida por que eu estava sem internet! Não pense que eu te abandoneei! to simplismente AMANDO sua nova web! bjss te adoro.
ResponderExcluirBy: Rafa!
Posta +++++++++++
ResponderExcluirAmeeii *-*
A Lua tem que ceder logo .!!..!
Faz ela ceder logo porque quem ta sofrendo e ela
ResponderExcluirA cada dia que passa fica melhor, voce e uma verdadeira escritora, eles bem que podiam ficar juntos logo ne :/ mais um hj? *-*
ResponderExcluirDanny
Bom foi meio que infantil a ação da Lua mas ela tem quew ceder logo. Não ligue pois só e minha opnião viu eu amo tua
ResponderExcluirAchei a atitude da Lua imatura kkk a web está muito boa! Posta mais um hoje? Por favor!
ResponderExcluirAmeii o trechos de DiRo nesse capitulo
ResponderExcluirEssa web é linda demaiis
Queria LuAr juntos logo *-*
conty
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