"É estranho. Mas é do nosso jeito" - 11º capítulo + Aviso

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P.O.V.'s Lua Blanco

   No domingo, Samuel me convidou para sair e combinou comigo num parque por volta das 7horas da tarde. Quando lá cheguei, o cara decide me dar um bolo dizendo que, de uma hora para a outra, ficou de castigo! 
   Irritada, chutei uma pedra, acertando em alguém que passava.

- Fez de propósito! – era Arthur. Que droga!
- Fiz o quê garoto? Nem te vi!
- Como não me viu? Eu já passei aqui correndo duas vezes! – Arthur estava de bermuda e ténis, com a blusa pendurada no ombro e com o rosto todo pingado de suor. - Não se faça de sonsa!
- Eu não sou sonsa! – me levantei e o encarei
- Mas eu acho que você é!
- Você não me conhece!
- Nem você me conhece! – ele me encarou 
- Você é um idiota!
- Ao contrário de você que é lerda
- Burro!
- Estúpida! – ele acabou por se aproximar de mais. 

   Não sei quem realmente começou aquele beijo. Mas os lábios dele chocaram com tanta força contra os meus que eu podia muito bem soltar um pequeno gemido. Ele levou as mãos para a minha cintura logo e passou as mãos por lá apertando de vez em quando. Eu levei as mãos ao rosto dele, tentando não separar o rosto dele do meu. Por um momento eu pensei que as nossas brigas iam ir embora, até que ele pára de me beijar e é totalmente bruto, de novo!

- Está bom pra você? – ele parecia tão desnorteado como eu
- O quê? – perguntei, dando um passo na direção dele
- Dessa vez você não pode brigar comigo ou me dar um tapa. Me beijou porque quis.
- Eu não preciso de desculpa para te beijar. Além do mais, você é que me beijou.
- Você precisa de desculpa para tudo o que faz e uma mentira para sempre assumir o que não quer!
- Do quê você tá falando? Pirou?
- Não. E quer saber? Eu cansei! Chega! Acabou! Perdi totalmente o interesse em você. 
- O quê? – o encarei – Eu pensei que estive na minha e... – fiz bico, mordendo-o de seguida e tentando não chorar. 
- Eu estava. Eu gostava do seu jeito. Você entrou numa coisa comigo e não me deixou. Você tentava me ajudar e sempre se fazia de difícil e eu até gostei. Mas agora cansei porque só eu me declaro, só eu beijo porque quero… só eu faço tudo e você nem uma oportunidade me dá. Eu não gosto de ser cachorrinho…
- Nem eu quero que você seja. – dei outro passo em frente e ele recuou.
- Mas não foi isso que você foi dizer à Frederica. Ela me contou que você disse que eu fico de quatro, perante você. 
- Eu não disse desse jeito. E se disse, foi para me defender.
- Eu quero uma garota que não tenha medo de assumir o que sente. Quero uma garota que me deixei louco de amor. Essa garota não é você.

   Arthur voltou a correr de cabeça baixa, enquanto eu me deixei sentar no banco de jardim e comecei a chorar. Eu não comecei a chorar logo. Eu primeiro pensei nas coisas que devia lhe ter dito ou feito e depois lembrei do que ele me disse.
   Ele se “declarou” pela primeira vez para mim e nessa mesma vez diz que vai me esquecer. Foi difícil ouvir aquilo. Pois foi nesse preciso momento que eu descobri que eu sou verdadeiramente apaixonada por esse garoto.

   Ninguém entendia aquele meu mau humor. Eu também não contava para ninguém, nem mesmo para Bela que tanto insistia. Mas ela sabia perfeitamente que a culpa era de Arthur, porque ultimamente as minhas mudanças de humor se devem a ele.
   Era terça-feira. O segundo dia consecutivo que eu não saia de casa nem falava com ninguém fora dela. Apenas os empregados. Peguei o meu iPod, para ouvir música e tweetar algo. Estava tão aborrecida que era capaz de chorar por isso.

- Está tudo bem? – perguntou a governanta da casa, Maria. Ela me conhecia desde pequena. Ela e o Alfredo.
- Nem está! – suspirei
- Está muito tristinha.
- A vida não me corre bem
- Meu deus menina – ela riu – Você é tão nova para falar assim.
- Mas tenho razões. Tenho 16 anos e vivo como se tivesse trinta. Vivo longe dos meus pais, longe do carinho deles, do amor deles, da atenção deles… vivo enfrentando problemas da minha adolescência, nomeadamente garotos que hoje me beijam e amanhã já desejam a minha morte. Essa vida é tão difícil… - comecei a chorar no colo dela
- Minha linda. Tudo faz parte da vida. Você vai ver que um dia terá toda a atenção do mundo por parte dos seus pais. Eles só precisam de uma chamada de atenção. Eles precisam de entender que a filha mimadinha deles sente a falta deles. E esse tal garoto um dia vai bater à sua porta e vai…

   Fomos interrompidos por alguém batendo mesmo à porta. Quem seria? Bom, Arthur não seria com certeza porque eu não acredito no destino. Maria se levantou e foi abrir a porta enquanto eu secava as minhas lágrimas. Odiava chorar na frente de alguém, mas às vezes era tão difícil esconder isso.

- A Lua está? Boa tarde… - eu conhecia aquela voz
- Está sim. Entre. – Maria deu espaço e Arthur entrou.

   Ele estava com a mochila da escola e o skate na mão. Ele colocou tudo nem canto e veio até ao sofá, onde agradeceu à Maria e depois se aproximou mais de mim. Maria entretanto foi embora, enquanto dava uma leve risadinha, que eu bem ouvi.

- Oi Lu… - eu nem olhei na cara dele – Eu terminei agora o meu segundo dia de recuperação. Só que eu não conseguia ficar lá, sabendo que… eu te devia um pedido de desculpas. Desculpa Lua, mesmo.
- Ok! – disse, encarando algo que não fosse ele
- Estou falando sério. Eu te tratei mal e disse coisas que não devia.
- Eu sei! – mordi a língua para não falar mais nada. Cruzei os braços e deitei a cabeça no sofá. – Talvez eu tenha merecido. Talvez você tenha razão… quando diz que eu não falo o que sinto, que eu não demonstro nada para com você… 
- Não. Nada se justifica.
- É… - sentamos os dois no sofá – Desculpa também certas coisas que eu te digo. Eu não digo aquilo com intenção. Eu digo aquelas coisas para me defender, mas acabo sempre magoando alguém de quem gosto… - Arthur olhou para mim surpreso 
- Eu te desculpo… - respondeu ele
- Já agora… 
- O quê?
- Eu quero te falar de uma coisa, agora que parece que estamos bem. – sorri – Naquele dia que você bebeu, lembra? Ficou desacordado um montão de tempo e eu fiquei realmente com o coração nas mãos, desejosa que você acordasse…
- O que tem esse dia?
- Arthur, o álcool é um problema grave e você é tão novo para já se meter nisso. Eu acho que você deveria… deveria se tratar. Acho que, antes de mais, você deve querer se ajudar a si próprio! Você deve assumir que tem realmente esse problema e deve mesmo querer deixar isso de uma vez.
- Eu sei… mas a bebida é o único caminho que eu vejo para fugir dos problemas.
- Você devia falar com um psicólogo da escola ou quem sabe mesmo frequentar grupos de pessoas que bebem ou que já beberam, onde eles contam as suas histórias… se você quiser, eu te ajudo com isso.
- Eu depois vejo isso…
- Promete?
- Sim…

   Continuamos falando. Parecíamos verdadeiros amigos e não trocamos mais farpas nenhumas. Estava tudo esclarecido entre a gente. 

   Eu não falei mais com ele o resto da semana, mas eu conseguia entender que ele tem muito se encontrado com a Anita. Eu via através dos tweets dele. Eles parecem ter virado mesmo amigos. Agora estudam juntos, almoçam juntos… a amizade vai de vento em poupa.
   A minha com o Samuel já teve melhores dias. Ele quer estudar a sério nessas férias para recorrer a uma bolsa em Londres. 

   A galera do colégio combinou uma ida à praia. Eu cheguei mais tarde, porque estava difícil do Alfredo me deixar sair novamente e dessa vez não ia ter plano nenhum do Arthur para me ajudar. 
   Quando cheguei na praia, Arthur e Frederica conversavam de um lado, cheio de risinhos, enquanto toda a galera estava junta do outro lado, sentados nas toalhas. O papo parecia render e ninguém estava dando importância à Frederica e ao Arthur.

- Eles já estão ali à muito tempo?
- Um pouco. – respondeu Daniel – Bora na água?
- Está tudo bem? – perguntou Bela, sendo leva aos poucos por Daniel até à água.
- Sim… está. – eu não deixava de olhar para Arthur e Frederica que não se tinham largado um único momento. 
- Vamos pessoal! – disse Daniel. 

   Ele, Bela, o Bruno, o Matheus, a Jhulie, a Cassandra e outros de mais, da nossa ex-turma, foram para a água e eu fui a única que fiquei. 

- Como está?
- Não sei… acho que bem.
- Você deveria se abrir mais com as pessoas. 
- Eu estou bem.
- Nessa viagem que fiz, vi um casal, cujo garoto é meu primo, que me parecia muito você e o Arthur. 
- Eu e Arthur não somos um casal. Nunca vamos ser.
- Você precisa de dizer o que sente
- Por que razão vou dizer o que sinto pra ele? Você está vendo onde ele está? Desde que cheguei que Arthur nem olhou para mim. 
- Ele correu a trás. Agora é sua vez. – disse Diana. Eu não estava conhecendo essa garota. Me tragam a vadia da Diana por favor. Preciso daquela louca novamente e não a Diana Sentimental.


AVISO: Esta web supostamente não era pra ser postada aqui porque eu estava pensando em fazer um outro blog onde eu postaria webs e textos meus, sem ser de LuAr. Acontece, que esse blog ainda não foi criado e como a web "Certezas" acabou mais cedo, eu decidi postar esta web aqui. Ela não tinha os nomes de LuAr, então cada vez que eu posto a web aqui eu tenho de trocar os nomes e às vezes eu esqueço e por isso é que estava essa confusão de nomes.
Quem leu "Ana", entenda por Bela. E quanto à Diana, essa é uma personagem que já aparece desde o início da web, então não façam confusão sem ser preciso!

Outra coisa, eu tenho essa web quase toda escrita já uma página de word, por isso não adianta vocês darem ideias, não agora porque é impossível eu mudar, tá? Sem brigas!

Ainda hoje posto mais ;)

9 comentários:

  1. Posta ++++++++
    Ameeii *-*
    Poderia dedicar um capitulo pra mim ? Sou leitora fiel e nunca vou abandonar o seu blog !..
    Amo muito .!

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  2. ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡

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  3. Mais essa web n era a segunda temporada de paixão sem limites?

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  4. Ameei Cris *-* Posta logo u.u Vou te fazer uma pergunta, quando no Brasil é 7 horas da noite ai em Portugal é 3 horas ?
    Danny

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  5. continua sou apaixonada por essa web *-*

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