Capítulo 25 - The playgroud‏

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Amigos não se beijam. –a voz doce advertiu. Jhulie.

   Point Of View Lua Blanco, LA.

  Pulei da mesa de Arthur e passei a mão por cima dos meus lábios.

-Jhulie, eu pedi para me esperar.

-Desculpe -Falou  e abaixou a cabeça se retirando do escritório.

-Por que não deixou ela? -Arthur perguntou me olhando indignado.

-Ela vai chorar. Eu já volto -Fiz menção de me retirar da sala, mas Arthur pressionou meu corpo contra a mesa de madeira.

-Mais tarde iremos acabar com isso -Sussurrou contra o meu ouvido e mordi os lábios.

  Beijei seu pescoço e depois seus lábios.

-Pelo visto, você está muito necessitado.

-Não brinque comigo, Lua -Resmungou com a cabeça afundada em meu pescoço, dando leves chupões e apertando minhas nádegas.

-Eu não estou brincando. Mais tarde irei lhe satisfazer, muito bem -Beijei sua testa, segurando seu cabelo, enquanto seu rosto ia para o meio do meu decote.

-Você está me deixando duro.

-E você irá piorar sua situação continuando com isso -Gemi quando senti o contato de sua língua com meu seio.

-Lua -Duas batidinhas na porta -Vamos!

-Arthur, é minha irmã. Nós temos que ir -O abracei e ele retribuiu, ficando como o corpo ereto e consequentemente me fazendo sentir seu pênis na altura de minha coxa.

  Jhulie invadiu o escritório com os braços cruzados e com sua boquinha em um bico. Seus olhos estavam marejados, então concluí que ela havia chorado.

-Ele é seu namorado? -Olhei para Arthur e ele olhava para a situação sorrindo.

-Sou -Arthur respondeu por mim me deixando confusa e com raiva ao mesmo tempo, pois agora Jhulie iria me achar uma grande mentirosa.

-Você mentiu para mim, Lua -Uma lágrima solitária escorreu por sua bochecha.

-Não, meu amor, eu juro que iria lhe contar depois.

-Jura? -Assenti. -Qual é seu nome?

-Arthur -ele respondeu sorrindo.

-Você quer ir no parque com a gente? -Merda.

-Por que não?

-Tudo bem. Eu irei esperar vocês lá embaixo com a Melanie -Falou sorridente e saiu do escritório correndo.

-Por que você disse isso, seu idiota? -perguntei estapeando seu braço, mas Arthur parecia não sentir dor, e apenas ria.

-Você queria que eu dissesse o que depois que ela nos viu? -Ele estava certo. Jhulie é esperta.

-Vou para o meu quarto trocar de roupa.

-Você podia se mudar para o meu quarto.

-Você está zombando de mim?

-Claro que não -negou com expressão de desentendido.

-Você não me deixaria dormir.

-Você precisa ficar em observação.

-E você virou médico?

-Muito engraçadinha. –Disse irônico.

-Mais tarde me ajude a levar minhas roupas para lá, então?

-Como se pede?

-Vá se ferrar.

  Seus braços me apertaram contra seu corpo e ele começou a distribuir selinhos pela região do meu pescoço.

-Arthur?

-Hum.

-Você me deixa comprar roupas novas?

-Eu gosto da forma como aquelas ficam em você.

-Me deixam como uma piranha. –Ele suspirou.

-Use o cartão que lhe dei.

Usei um vestido azul bebê largo e acima de meus joelhos que era colado no busto, e solto da cintura para baixo. Tirei uma sapatilha prata do chão do armário e uma bolsa pequena preta.

  Desci e Melanie estava sentada no sofá conversando com Jhulie.

-Vamos? –Melanie disse ao me notar.

-Arthur vai.

-O que?! –Seus olhos se arregalaram.

-Jhulie que o convidou.

  A pequena apenas encolheu os ombros e sorriu.

-Irei incomodá-las? –O moreno apareceu descendo lentamente os degraus da escada, parecia que estava em câmera lenta, porque Deus... aquele homem é maravilhoso.

Ele estava usava um Supra branco, calça azul, camiseta preta, e em seu rosto havia um óculos escuro. Suas tatuagens e seu topete –que hoje estava bagunçado- o deixavam incrivelmente sexy, e ao perceber a forma que eu o olhava, ele sorriu cínico e cafajeste.

-Não, tio Arthur. –Jhulie sorriu.

  Enquanto nos dirigíamos para a garagem e Arthur ia andando a nossa frente com Jhulie, Melanie se aproximou de mim e disse:

-Não estou acreditando que ele irá nos acompanhar. –Resmungou. –Acho que irei para casa, e amanhã nos vemos, tudo bem pra você?

-Ah, Melanie... Ele não irá implicar com você.

-Eu não quero participar de um programa que era para ser nosso, com ele.

-O que ele lhe fez?

-O certo não é perguntar o que ele me fez, e sim o que fez para você. Tudo bem que ele está sendo bonzinho com você, mas nada apaga o que ele já lhe fez.

-Isso é passado.

-Amanhã, você pode me encontrar?

-Ele me deixou fazer compras.

-Ótimo, pelo menos você não precisará sair com roupa de empregada.

-Eu só usei aquele traje para uma fuga. –Falei baixo, somente para Melanie escutar, e ela deu uma risadinha no mesmo tom.

-Dê um jeito de me ligar amanhã. –Ela me abraçou e eu retribui.

-Não quer pegar carona com a gente?

-Não quero atrapalhar o passeio de vocês. –Sorriu cínica. –Irei pegar um táxi.

-Tudo bem.

-Tchau, Jhulie! –Melanie gritou e Jhulie olhou para ela antes de entrar no carro.

-Você não irá conosco?

-Hoje não.

-Tchau, Melanie! –Ela acenou e Arthur bateu a porta do carro.

  Entrei no automóvel e ele tomou seu lugar no banco de motorista.

-Sua amiga tem uma simpatia comigo.

-Sim, eu notei.

-Nós podemos ir na sorveteria? Depois de irmos no parque.

-Jhulie não inven...

-Claro que podemos. –Arthur me olhou com um sorrisinho nos lábios.

Ótimo, minha moral está completamente acabada.

Assim que o carro foi estacionado, Jhulie começou a bater palminhas animadas e sem tirar o sorriso dos lábios, ela estava radiante. Aquilo me deixou tão feliz, porque sei que desde que sai daquela mansão, Rachel nunca levou Jhulie para passear e se levou foi para comprar roupas com ela.

-Vamos? –Arthur abriu a minha porta e a de Jhulie que já havia saído do carro sem eu notá-la.

Segurei sua mão e sai do automóvel.

-Primeiro, eu quero ir no twist, depois no bambi,, no carrossel...

-Jhulie não escolha tantos, por favor.

-Mas, eu quero ir em todos que não são perigosos.

Antes de eu argumentar, Arthur se intrometeu.

-Eu irei pagar.

-Não precisa, Arthur

-Vocês nunca saem juntas, então me deixa pagar para vocês duas. –Ele fez aquela cara de cachorrinho pidão.

  Realmente, Arthur Aguiar estava irreconhecível hoje. Em outros dias, ele me mandaria calar a boca e parar de argumentar com ele.

-Eu não irei em nenhum brinquedo.

-Você irá na roda-gigante.

-E quem irá me obrigar?

-Eu mesmo. –Jhulie olhava para Arthur admirada.

-Tudo bem, Sr Aguiar. Tudo bem.

  Arthur entrelaçou sua mão na minha, enquanto entrávamos no parque, fazendo com que os pelos do meu corpo se arrepiaram e meu coração saltitasse em meu peito. Merda! Eu odeio esse efeito que ele causa sobre mim.

Jhulie pediu para Arthur comprar balões coloridos para ela e algodão doce, e assim ele fez, os comprou e me deu uma rosa vermelha. Era bem cuidada e natural, sem cheiro artificial. Ela foi no twist duas vezes com Arthur, e depois me pediu para acompanhá-la no carrossel.

-Jhulie, o que você acha de irmos naquele ali? –Arthur perguntou e apontou para uma montanha russa enorme.

-Eu tenho medo de altura. –Fez bico e segurou minha mão.

-Então, você não vai na roda-gigante?

-Eu vou se a Lua for.

-A Lua vai.

Ela me olhou com os olhos brilhantes, e eu apenas assenti.

Caminhamos para o enorme brinquedo temático pintado de vermelho e com algumas estrelinhas douradas desenhadas. Em uma cabine tinha dois bancos, então sentei ao lado de Arthur e Jhulie a minha frente, segurando minhas mãos. Ela estava tremendo.

-Vai ficar tudo bem, meu amor. O brinquedo é seguro.

-Sabe qual é o legal desse brinquedo? –Arthur falou e Jhulie balançou a cabeça negativamente com a expressão tristonha. Ela não havia se convencido da minha resposta. -Lá de cima, a gente vai poder ver todos os carros e o alto de todos os arranha-céus.

-A gente vai conseguir ver minha casa? –Perguntou animada.

-Talvez.

Assim que todas as cabines se ocuparam, o brinquedo começou a se movimentar, e Jhulie já não parecia estar com medo, pelo contrário, ele estava animada e seus olhos claros estavam radiantes, brilhantes, parecia até que estava emocionada.

-Vamos tirar uma foto. –Arthur colocou na câmera frontal de seu celular e Jhulie chegou para perto de nós.

Eu, ele e minha irmã perto das nuvens, na frente de prédios que brilhavam naquela noite.

Assim que o brinquedo parou lá no alto, nossos olhos pareciam chamas. Jhulie olhou para nós com um sorriso maior que seu rosto.

-Lua, onde está a nossa casa?

-Eu não sei.

-Eu estou enxergando. –Arthur disse e apontou para a rua que estava a mansão. Não era possível ver tão bem, já que estava distante o suficiente para isso, mas podia-se enxergar as luzes vermelhas e roxas nos gramados e os coqueiros altos.

E então, depois de exatos 2min, a roda-gigante se movimentou, e desceu lentamente causando um embrulho em minha barriga, mas que logo parou. Saímos do brinquedo e fomos até uma lanchonete que tinha ali no parque. Arthur pediu uma pizza grande de calabresa que não aguentamos comê-la toda. Ele havia comido três pedaços, eu comi duas e meia, e Jhulie que já havia caído no sono comeu só uma.

-Parece que o sorvete ficará para outro dia. –Arthur disse, levantando de sua cadeira.

-Você a divertiu hoje. –Murmurei, enquanto ele pegava Jhulie no colo.

-E a você?

-A mim também. –Sorri.

-Ótimo. –Sorriu e depositou um selinho em meus lábios.

-Obrigada.

  Arthur resolveu entrar com o carro na mansão, e como o porteiro não permitiria a entrada sem a permissão de alguém da casa, tive que abaixar a janela para que ele pudesse me identificar.

-Arthur me deixe levá-la.

-Não, Lua. Fique calma. Sua madrasta não irá me enxotar. –Riu fraco.

Andei a sua frente e entramos pelas portas dos fundos. Não havia ninguém na cozinha, então fomos para o hall de entrada e Thomás estava lá, vestido em seu paletó e falando no telefone com a expressão fria e o rosto soando. Assim que seu olhar parou em nós, estremeci e Arthur segurou meu braço.

-Quem é vivo sempre aparece. –Falou com a expressão divertida e desligando o telefone, nos encarando atento.

-Como está levando sua vida depois de vender uma filha, Thomás? Está sentindo algum peso nas costas ou no coração? –Arthur perguntou superior.

-Na verdade, Aguiar, minha vida está indo bem melhor, não sinto nenhum peso e pelo incrível que pareça foi até um alívio.

Meu coração doeu, se espremeu em meu peito e eu podia sentir o ritmo de suas batidas irem diminuindo conforme o ar dos meus pulmões. Fechei minha mão ao redor do braço de Arthur, e eu podia ver seu punho se fechando e sabia que seu maxilar estava travado.

-Vamos subir? –Falei baixinho para Arthur escutar.

-Quem deu permissão para você tirar Jhulie dessa casa, Lua? –Thomás perguntou firme.

-Eu ainda tenho direito de entrar aqui.

-Pois saiba que a partir de hoje, a sua entrada estará proibida.

-Você não tem o direito de privar Jhulie da minha vida.

-Tanto posso quanto farei.

  Segurei o braço de Arthur para levá-lo para o segundo andar, mas ele não se moveu.

-Por favor...

Me afastou brutalmente e subiu para o segundo andar, segurando Jhulie firmemente.

  Depois que entramos em seu quarto, Arthur a colocou deitada em sua cama. Me aproximei e beijei suas bochechas, depois sua testa. Observei seu rosto angelical mais uma vez naquele dia e prometi para mim mesma que ainda a levaria para tomar sorvete, o sabor que ela quisesse. Aspirei o cheirinho doce de seu cabelo e o guardei dentro de mim.

-Eu te amo tanto, Jhulie.

Arthur puxou meu braço, tirando meus joelhos do chão e segurou meu rosto.

-Ele vai pagar por isso. Eu lhe prometo. –Dito isso, deitei minha cabeça em seu peito, escutando as batidas aceleradas de seu coração.

A Alice me mandou outro capítulo.
Lembram da personagem Thomas? Eu já não sei se ele tem esse ou outro nome. Aqui ele é pai da Lua. Alguém se lembra? Eu acho que fica igual... 

11 comentários:

  1. capitulo maravilhoso maissss

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  2. É Billy o pai da Lua.

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  3. Posta mas amei quero ve cena quente entre eles

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  4. Eu quero mais,faz maratona ? Pf ! <3 d +
    Alice

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  5. Posta mais?! Amo tanto essa fic. ❤
    Natália

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  6. Meu Deeeeeus ! ta ficando cada dia melhor ! cara como eu amoooooo essa fanfic

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  7. Pelo amorrrrrr de Deus , comoo uma fic fica tao boa a cada capitulo ! conto os segundos para o proxxx <3

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  8. Owt thur apaixonada *-*
    vai demora pra eles ficarem juntos ? O.o
    Alice

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