Paixão Sem Limites - Capitulo 8 Parte 2

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Capitulo 8 Parte 2

  levantou os pés até o console enquanto eu me aproximava dos primeiros jogadores da manhã.
Não vi rapazes jovens em lugar nenhum. Eles em geral não eram madrugadores. Durante algum tempo, eu não precisaria me preocupar em impedir Mel de fazer sacanagem atrás dos arbustos, ou onde quer que ela estivesse fazendo isso durante o expediente.
Quatro horas mais tarde, quando chegamos ao terceiro buraco pela terceira vez, reconheci Fernando e os seus amigos. Mel se endireitou no assento e a expressão animada no seu rosto me deixou em alerta total. Se eu não gostasse dela, nem me daria ao trabalho de ajudá-la a manter aquele emprego. Ser a sua babá não fazia parte das minhas atribuições.
Fernando franziu o cenho ao nos ver encostar o carrinho ao seu lado.
- Por que você está passeando com a Lua? - perguntou no mesmo instante em que paramos.
- Porque ela está ajudando a me impedir de trepar com os seus amigos e deixar você puto. Por que você contou para a tia Carla? - perguntou ela com um biquinho, cruzando os braços diante dos seio fartos.
Não tive dúvida nenhuma de que todos os caras á nossa volta tinham os olhos grudados naqueles peitões.
- Eu não pedi para ela fazer isso. Pedi para ela promover Lua, não para colar você nela - falou ele, ríspido, e sacou o celular do bolso.
O que ele estava fazendo?
- Para quem você está ligando? - perguntou Mel em tom de panico, se endireitando no assento.
- Para Carla - rosnou ele.
- Não - dissemos Mel e eu ao mesmo tempo.
- Não ligue. Está tudo bem. Eu gostei da Mel. Ela é boa companhia - falei para ele.
Fernando me observou por um instante, mas não desligou o telefone.
- Carla, aqui é Fernando. Mudei de ideia. Quero a Lua no salão quatro dias por semana. Pode usá-la no campo ás sextas e sábados, porque o movimento é maior e ela é a melhor que você tem, mas durante o resto do tempo eu quero no salão.
Sem esperar resposta, ele encerrou a ligação e devolveu o telefone ao bolso do short xadrez engomado. Em qualquer outra pessoa aquela roupa ficaria ridícula, mas cara como Fernando conseguia usá-la. Sua camisa polo branca também estava passada de forma perfeita. Não ficaria espantada  e fosse novinha em folha.
- Tia Carla vai ficar brava. Ela falou para Lua ser a minha babá pelos próximos quinze dias. Quem vai segurar as minhas rédeas agora? - perguntou Mel com um olhar provocante na direção de Chay.
- Cara, por favor, se você gosta de mim nem que seja só um pouquinho, finja que não viu nada e me deixe levá-la até a sede só por alguns minutos. Por favor - implorou Chay a Fernando, devorando com os olhos a visão de Mel ali sentada com as pernas levemente abertas sobre o console.
O short que usávamos era curto e justo demais para deixar grade coisa á imaginação em uma posição como aquela.
- Não estou nem aí para você, porra. Pode trepar com ela, se quiser. Mas se o meu pai ficar sabendo outra vez vou ter que mandá-la embora. Ele ficou puto com as reclamações.
Eu sabia que Chay não a defenderia caso ela fosse demitida. Deixaria ela ir embora e partiria para outra. Não havia amor no seu olhar, apenas desejo.
- Mel, não faça isso - pedi baixinho ao seu lado. - Na minha noite de folga a gente sai e vai para algum lugar com caras que valam a pena. Não perca o emprego por causa dele.
Eu falava tão baixo que só Mel conseguia me escutar. Os outros sabiam que eu estava lhe dizendo alguma coisa mas não sabiam o que.
Mel virou os olhos para mim e juntou os joelhos.
- Sério? Voce sairia comigo para azarar? No meu território?
Respondi que sim e ela abriu um sorriso.
- Fechado. Vamos a um bar de musica country. Espero que você tenha as armas.
- Eu sou do Alabama. Tenho as botas, a calça jeans justa e até a pistola - retruquei com uma piscadela.
Ela deu uma sonorosa risada e tirou os pés do console.
- Certo, rapazes, o que vão querer beber? A gente também precisa passar para o próximo buraco - disse ela, saltando do carinho e indo até a traseira do veículo.
Fui atrás e, juntas, servimos as bebidas e recolhemos o dinheiro.
Chay tentou agarrar a bunda de Mel algumas vezes e cochichar no seu ouvido. Por fim, ela se virou e sorriu para ele.
- Cansei de ser o seu brinquedinho. Neste fim de semana vou sair com a minha amiga aqui e nós vamos arrumar uns homens de verdade. Do tipo que não tem fundo de investimento, mas calos nas mãos de tanto trabalhar. Tenho a sensação de que eles sabem como fazer uma garota se sentir realmente especial.
Tive que engolir a risada ao ver a expressão chocada de Chay. Liguei o carrinho enquanto Mel tornava a subir ao meu lado.
- Caraca, como foi bom fazer isso. Por onde você andou durante toda a minha vida? - perguntou ela, batendo palma enquanto eu me afastava, sorrindo e acenando para Fernando a caminho do buraco seguinte.
Percorremos o resto do campo, depois paramos para reabastecer. Não houve novos incidentes. Eu sabia que tornaríamos s ver Fernando e os seus amigos, mas tinha fé de que Mel aguentaria firme.
Ela havia falado animadamente sobre todos os assuntos, os últimos sustos envolvendo gravidez ocorridos na cidade.
Eu não estava prestando atenção nos sócios junto ao primeiro buraco. Estava dirigindo e tentando me concentrar na falação sem fim de Mel. O '' ai, merda'' que falou baixinho chamou a minha atenção.
Olhei para ela, em seguida acompanhei a direção do seu olhar até o casal junto ao primeiro buraco. Reconheci Arthur na hora. O short amarelo e a polo azul-bebe justa que ele usava pereciam fora de lugar no seu corpo; ele era filho de roqueiro e irradiava essa aura mesmo com aquelas roupas de mauricinho golfista. Ele virou a cabeça e os nosso olhares se cruzaram. Ele não sorriu. Simplesmente olhou para o outro lado como se não me conhecesse. Nenhum reconhecimento. Nada.
- Alerta de vaca - sussurrou Mel.
Tirei os olhos dele para olhar a garota que o acompanhava. Era Giovanna, ou Gi, como ele a chamava. Sua irma, aquela de quem ele não gostava de falar. Sua saia branca minúscula a fazia parecer a caminho de uma partida de tênis. Ela também usava uma polo azul.
- Você não gosta da Giovanna? - perguntei, já sabendo a resposta por causa do seu comentário.
Mel deu uma risada curta.
- Não. E nem você. Você é a principal inimiga dela.
Como assim? Não pude perguntar, porque havíamos acabado se parar a menos de dois metros do tee e do casal de irmãos.
Não tentei olhar para Arthur de novo. Ele não parecia disposto a jogar conversa fora.
- Está de sacanagem. Fernando a contratou? - sibilou Giovanna.
- Não comece... - disse Arthur em tom de alerta.
Não tive certeza se ele estava me protegendo ou só tentando impedir uma cena. De todo modo, aquilo me irritou.
- Posso oferecer uma bebida a vocês? - indignei com o mesmo sorriso que dedicava a qualquer outro sócio.
- Pelo menos ela sabe o seu lugar - disse Giovanna em tom falsamente jocoso.
- Vou querer uma corona. Com limão, por favor - disse Arthur.
Arrisquei um olhar na sua direção e os nossos olhos se cruzaram por um breve instante antes de ele se virar para Giovanna.
- Beba alguma coisa. Está calor - disse ele.
Ela me sorriu com ironia e levou uma das mãos de unhas feitas ao quadril.
- Uma água com gás. Mas enxugue a garrafa, porque eu odeio como fica toda molhada quando sai do cooler.
Mel pós a mão dentro do cooler e pegou a água. Acho que ela teve medo de eu arremessá-la na cabeça de Giovanna.
- Não tenho visto você por aqui, Gi - disse Mel enquanto enxugava a garrafa com a toalha que carregávamos justamente para isso.
- Deve ser porque você estava ocupada demais nos arbustos abrindo as pernas para Deus sabe quem em vez de trabalhar - retrucou Giovanna.
Cerrei os dentes e abri a tampa da Corona de Arthur. Queria jogar a garrafa naquela cara arrogante da Giovanna.
- Chega, Gi - disse Arthur em tom de leve reprimenda.
Ela era p que, filha dele por acaso? Ele agia como se ela tivesse 5 anos, mas ela já era mulher feita.
Entreguei a cerveja para Arthur, tomando cuidado para não olhar para Giovanna. Tinha medo de ter um momento de fraqueza. Em vez disso, meu olhar encontrou o dele quando ele pegou a garrafa.
- Obrigado - agradeceu Arthur enquanto enfiava uma nota no meu bolso. Não tive tempo de reagir, e ele se afastou conduzindo Giovanna pelo cotovelo. - Venha, me mostre como você me deixa no chinelo aqui no campo - falou em tom de provocação.
Giovanna cutucou o braço dele com o ombro.
- Você vai levar uma surra.
O carinho genuíno em sua voz ao falar com ele me espantou. Era estranho ouvir algo gentil vindo de alguém tão ruim.
- Vamos - sibilou Mel, agarrando o meu braço. Percebi que estava ali parada olhando para os dois.
Assenti e comecei a me virar quando Arthur olhou para mim por cima do ombro. Um sorrisinho surgiu nos seus lábios e ele logo se dirigiu a Giovanna outra vez para lhe dizer que taco usar. Nosso momento havia passado. Se é que fora mesmo um momento nosso.
Quando estávamos fora do alcance dos seus ouvidos, olhei para Mel.
- Por que você disse aquilo sobre eu ser a principal inimiga dela?
Mel se remexeu no assento.
- Para ser bem sincera, não sei exatamente. Mas Giovanna é muito possessiva em relação ao Arthur. Todo mundo sabe disso...
Ela interrompeu a frase no meio e não conseguiu me encarar. Parecia saber de alguma coisa, mas o que? O que eu estava deixando passar?

                                                                                                                           Continua....

A Vaca começa a espalhar o seu veneno.

9 comentários:

  1. Eu acho que a Giovanna e o Thur tiveram algo mesmo sendo irmãos

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  2. Vc falo que eles vao ficar juntos,vai demora O.o ? +++<3

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  3. Postta Maiis, muiito booa a Web, parabéns
    ... :}

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  4. Vixee que tensooo.. Amando a webb postaa maisss!!!

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  5. Essa web viro meu vicio <3

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  6. Posta mais ?!
    Web perfect
    Tem como os capitulos serem maiores ?

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  7. Postaaaa ++++++ manoela,e tbm posta a web A idade não é problema quando se ama por favor

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  8. Giovaca soltando o veneno

    Hellen

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  9. Lembro-me que vc prometeu postar 2 capitulos hoje... ansiosa <3

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