Paixão Sem Limites - Capitulo 6

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Capitulo 6

   Ficar longe de Arthur não era exatamente fácil, já que estávamos morando sob o mesmo teto. Ainda que ele tentasse manter distância, continuávamos a nos esbarrar. Ele também evitava cruzar olhares comigo, mas isso só fazia aumenta o meu fascínio.
Dois dias depois da nossa conversa a praia. entrei na cozinha após comer o meu sanduíche de manteiga de amendoim e fui cumprimentada por mais uma mulher seminua. Ela estavam descabelada, mas mesmo assim, era atraente. Eu detestava garotas desse tipo.
Ela se virou para me olhar. Sua expressão de surpresa logo se transformou em irritação.Piscou os olhos castanhos e levou a mão ao quadril.
- Você acabou de sair da despensa?
- Sim. E você, acabou de sair da cama do Arthur? - retruquei.
As palavras saíram antes que eu conseguisse me controlar. Arthur já me dissera que a sua vida sexual não era da minha conta. Eu precisava calar a boca.
A garota ergueu as sobrancelhas muito bem-feitas e então um sorriso atravessou os seus lábios; ela estava achando graça.
- Não. Não que eu fosse recusar se ele me deixasse, mas não diga isso ao Guga. - Ela fez um gesto como quem espanta uma mosca. - Deixe estar. Ele já deve saber mesmo.
Fiquei sem entender.
- Quer dizer que você acabou de sair da cama do Guga? - perguntei, percebendo que aquilo tampouco era da minha conta.
Mas Guga não morava ali, então eu estava confusa.
A garota correu os dedos pelos cachos castanhos descabelados e deu um suspiro.
- É. Ou pelo menos da antiga cama dele.
- Antiga? - estranhei.
Um movimento na porta chamou minha atenção e o meu olhar cruzou com o de Arthur. Ele me observava com um sorriso de ironia. Que ótimo. Ele tinha me ouvido bisbilhotar. Quis desviar os olhos e fingir que não acabara de perguntar a uma garota se ela havia dormido com ele. O brilho do seus olhar me informou que era inútil: ele já sabia.
- Lua, desculpe se a interrompi. Pode continuar a interrogar a amiga do Guga. Tenho certeza de que ele não vai se importar - falou Arthur com a sua voz arrastada.
Ele cruzou os braços na frente do peito e se apoiou no batente da porta como se estivesse se acomodando.
Abaixei a cabeça e andei  até a lixeira para limpar as migalhas de pão das mãos enquanto pensava no que fazer. Não queria contunuar aquela conversa enquanto Arthur estivesse escutando; isso me faria parecer interessada demais nele. Coisa que ele não queria.
- Bom dia, Arthur. Obrigada por nos deixar ficar aqui ontem á noite. Guga tinha bebido demais para voltar dirigindo para a casa dele - falou a garota.
Ah. Então era isso. Que droga. Por que eu tinha me deixado vencer pela curiosidade?
- Guga sabe que o quarto é dele sempre que quiser - disse Arthur.
Pelo canto do olho, pude ver quando ele se afastou do batente e andou até a bancada. Tinha os  olhos pregados em mim. Por que ele não deixava aquela história por isso mesmo? Eu iria embora discretamente.
- Bom, hã, então eu acho que vou voltar lá para cima. - A voz da garota soou insegura.
Arthur não disse nada e não olhei para nenhum dos dois. A garota aproveitou a deixa para se retirar e eu aguardei atée ouvir os passos dela na escada antes de olhar para Arthur.
- Lua, querida, a curiosidade matou a gatinha - sussurrou ele, aproximando-se de mim. - Pensou que eu tivesse trazido mais alguém para dormir? Humm? Estava tentando saber se essa daí tinha passado a noite na minha cama?
Engoli em seco, mas não falei nada.
- Com quem eu vou para a cama não é assunto seu. A gente já não falou sobre isso?
Consegui concordar. Se ele me deixasse ir embora, nunca mais falaria com qualquer outra mulher que aparecesse na sua casa.
Arthur estendeu a mão e enrolou uma mecha do meu cabelo no dedo.
- Você não quer me conhecer. Talvez ache que quer, mas não quer. Juri que não.
Se ele não fosse tão gato nem estivesse tão perto de mim, seria mais fácil acreditar nisso. Mas quanto mais ele me pressionava, mais intrigada eu ficava.
- Você não é o que eu imaginava. Preferiria que fosse. Seria bem mais fácil - disse ele com uma voz grave antes de soltar o meu cabelo e se afastar.
Quando a porta que conduzia á varanda dos fundos se fechou, soltei a respiração que estava prendendo.
O que ele queria dizer? O que tinha imaginado?
Nessa noite, quando voltei do trabalho, Arthur não estava em casa.
Abri os olho e me virei para olhar o pequeno despertador sobre a mesa da cabeceira. Já passava das nove da manhã. Eu realmente tinha dormido até mais tarde. Espreguicei-me e estendi a mão para acender a luz. Havia ganhado mais de mil dólares naquele semana. Decidi que podei começar a procurar apartamento naquele dia, para conseguir logo um lugar para morar.
Passei as mãos pelos cabelos e tentei domá-los antes de me levantar. De manhã, queria passar um tempinho deitada na praia. Ainda não fizera isso. Iria aproveitar o mar e o sol.
Puxei a minha mala embaixo da cama e procurei lá dentro o meu biquíni rosa. Era o único que eu tinha. Pra falar a verdade, quase não fora usado. 
Quando o vesti, pensei que o biquíni era menor do que eu me lembrava. Ou isso ou o meu corpo tinha mudado desde a última vez em que o usara. Tirei da mala uma camiseta sem manga para usar por cima e peguei o protetor solar que havia comprado depois do meu primeiro dia de trabalho. Protetor era obrigatório no meu emprego.
Apaguei a luz, saí da despensa e entrei na cozinha.
- Caramba. Quem é essa? - perguntou um cara mais jovem, assustando-me quando entrei no espaço iluminado.
Olhei para aquele desconhecido sentado no bar, me encarando com a boca escancarada, e em seguida para a geladeira onde Guga estava em pé, sorridente.
- Você sai desse quarto vestida assim todo dia de manhã? - Perguntou Guga.
Eu não imaginava que fosse encontrar alguém ali.
- Não. Geralmente estou com a roupa do trabalho - respondi enquanto o menino no bar dava um assobio. Ele não devia ter mais do que 16 anos.
- Pode ignorar esse idiota cheio de hormônios. O nome dele é Lucas. A mãe dele é irmã de Julia. Portanto, de um jeito bem indireto, ele é o meu primo mais novo. Apareceu aqui ontem á noite depois de fugir de casa pela centésima vez. Arthur me ligou para vir buscá-lo e levá-lo de volta para aquela sua casa de doidos.
Arthur. Por que ouvir o nome dele fazia o meu coração disparar? Porque ele era perfeito; tonto que chegava a ser injusto. Só por isso. Balancei a cabeça para espantá-lo dos meus pensamentos.
- Prazer, Lucas. Eu sou a Lua. Arthur teve pena e me acolheu até eu conseguir arrumar um lugar para morar.
- Ué, pode vir para casa comigo. Não vou obrigar você a dormir debaixo da escada - ofereceu Lucas.
Não pude reprimir um sorriso. Esse tipo de azaração inocente eu entendia.
- Obrigada, mas não acho que a sua mãe vá gostar muito disso. Estou bem debaixo da escada. A cama é confortável e não preciso dormir armada.
Guga deu uma risadinha e Lucas arregalou os olhos.
- Você anda armada? - perguntou ele, assombrado.
- Pronto, agora você conseguiu. É melhor eu tirar esse menino daqui antes que ele se apaixone mais ainda - falou Guga, pegando a xícara que acabara de anche de café. Seguiu falando enquanto se encaminhava para a porta. - Vamos lá, Lucas, antes que eu vá acordar Arthur e você tenha que lidar com aquele coisa ruim.
Lucas olhou para ele e logo em seguida para mim, como se encarasse um dilema. Foi uma graça.
- Agora, Lucas - disse Guga em um tom mais autoritário.
- Ei, Guga? - chamei antes de ele chegar á porta.
Ele se virou de novo e olhou para mim.
- Fala.
- Obrigada pela gasolina. Vou te pagar assim que receber o meu salário.
Ele fez que não com a cabeça.
- Não vai pagar, não. Eu ficaria ofendido. Mas de nada. - Ele deu uma piscadela, depois olhou para Lucas com um ar severo antes de sair da cozinha.
Acenei para me despedir de Lucas. Depois pensaria em um jeito de pagar Guga sem ofendê-lo. Devia haver um jeito. Por enquanto, os meus planos eram outros. Fui até as portas que davam para fora. Estava na hora de aproveitar o meu primeiro dia de verdade na praia.
Estiquei-me sobre a toalha que pegara emprestada no banheiro. Teria que lavá-la á noite. Era a única que eu tinha para me secar e agora iria ficar cheia de areia. Mas valeria muito a pena.
A praia estava tranquila. As outras casas ficavam afastadas, de modo que aquele trecho era bem vazio. Sentindo-me corajosa, tirei a camiseta e a embolei debaixo da cabeça. Então fechei os olhos e deixei o barulho das ondas me ninar até adormecer.
- Por favor, me diga que passou protetor.
A voz grave se derramou sobre mim e inclinei o corpo em sua direção. Seu cheiro másculo era uma delícia. Precisava chegar mais perto.
Quando abri os olhos, pisquei por causa da luz forte do sol e vi Arthur sentado ao meu lado. Ele estava me observando. Qualquer calor ou bom humor que eu pudesse ter imaginado na sua voz havia desaparecido.
- Está usando protetor, não está?
 Respondi que sim e me levantei até ficar sentada.
- ótimo. Detestaria ver essa pele lisinha e branca ficar vermelha.
Ele achava a minha pele lisinha e branca. Soava como um elogio, mas não tive certeza se era adequado agradecer.
- Eu, hã, passei antes de sair.
Ele continuou a me encarar. Lutei contra o impulso de pegar a camiseta e vesti-la por cima do biquíni. Eu não tinha o mesmo corpo das meninas com que o vira. Não gostava de sentir que ele estava me comparando.
- Não vai trabalhar hoje? - perguntou ele, por fim.
Fiz que não com a cabeça.
- Estou de folga.
- Como vai o emprego?
Até que ele estava sendo educado. pelo menos não estava me evitando. Por mais bobo que parecesse, eu queria a sua atenção. Sentia uma atração por ele que não conseguia explicar. Quanto mais ele mantinha distância, mais eu queria me aproximar. Ele inclinou a cabeça e levantou uma das sobrancelhas, como se estivesse esperando que eu dissesse alguma coisa.
Ah, sim. Ele me fizera uma pergunta. Culpa do seus olhos: era difícil me concertar.
- Desculpe, o quê? - perguntei, sentindo o meu rosto ficar quente.
Ele deu uma risadinha.
- Como vai o emprego? - perguntou devagar.
Eu precisava parar de  parecer uma idiota sempre que estava perto dele.
- Bem. Estou gostando.
Arthur sorriu e olhou na direção do mar.
- Aposto que está.
Passei alguns segundos refletindo sobre esse comentário.
- Como assim? - perguntei.
Arthur deixou os olhos passearem pelo meu corpo, depois tornou a me encarar. Eu estava a arrependida de não ter posto a camiseta de novo.
- Você sabe que é bonita, Lua. Sem falar nesse seu sorriso encantador. Os golfistas lá do clube estão lhe pagando uma nota.
Ele estava certo em relação ás gorjetas. Também estava me deixando sem ar ao olhar para mim daquele jeito. Queria que ele gostasse do que via, mas ao mesmo tempo me sentia apavorada com o que poderia acontecer. E se ele mudasse de ideia quando a mate distância? Será que eu estaria á altura?
Passamos algum tempo sentados em silêncio; ele manteve os olhos fixos á frente. Pude ver que estava pensando em alguma coisa. Tinha o maxilar contraído e uma expressão sombria. Repassei tudo que tinha dito, mas não consegui pensar em nada que pudesse tê-lo deixado chateado.
- Quanto tempo faz que sua mãe morreu? - perguntou ele, tornando a olhar para mim.
Eu não queria falar sobre a minha mãe, não com ele. Mas ignorar a pergunta seria uma grosseria. 
- Trinta e seis dias.
Ele trincou o maxilar como se estivesse com raiva de alguma coisa e i seu semblante ficou mais carregado.
- Seu pai sabia que ela estava doente?
Mias uma pergunta que eu não queria responder.
- Sabia, sim. Também liguei para ele no dia em que ela morreu. Ele não atendeu. Deixei recado. O fato de ele nunca ter retornado a ligação era doloroso demais para admitir.
- Você odeia o seu pai? - Arthur quis saber.
Queria odiar. Desde o dia em que minha irmã tinha morrido, ele só me causara dor. Mas era difícil. Ele era o único parente que eu tinha.
-Ás vezes - respondi, sincera.
Arthur assentiu, estendeu a mão e enganchou o dedo mindinho no meu. Não falou nada, mas nessa hora nem precisava. Aquela única pequena conexão dizia tudo. Eu podia não conhecer Arthur muito bem, mas estava me afeiçoando a ele.
- Vou dar uma festa hoje á noite. é aniversário da minha irma Gi. Sempre dou uma festa para ela. Pode não ser a sua praia, mas está convidada, se quiser.
Irmã? Ele tinha uma irmã? Pensei que fosse filho único. Gi não era a menina que tinha sido grossa na noite da minha chegada?
- Você tem irmã?
Arthur deu de ombros.
- Tenho.
Por que Guga tinha dito que ele era filho único? Esperei a explicação, mas ele não deu mais detalhes. Então decidi perguntar.
- Guga falou que você era filho único.
Senti o corpo de Arthur ficar tenso. Ele balançou a cabeça enquanto desenganchava o mindinho do meu e se virava para o mar.
- O Guga não devia ficar contado as minhas coisas. Por mais que ele queira levar você para a cama.
Ele se levantou e não tornou a olhar para mim enquanto se virava e tomava novamente o rumo da casa.
Havia algo de proibido em relação a Gi. Eu não fazia a menor ideia do que fosse, mas com certeza era proibido. Eu não deveria ter sido tão intrometida. Levantei-me e fui até o mar. Estava calor e eu precisava de algo que me distraísse. Sempre que baixava um pouquinho a guarda em relação a Arthur, ele me lembrava por que era melhor mantê-la bem firme no lugar. Que cara estranho. Gostoso, lindo e delicioso, mas estranho.
Sentada na cama, fiquei ouvindo os risos e a música que tomaram conta da casa. Passara o dia inteiro mudando de ideia quanto a ir aquela festa. Da última vez em que tinha decidido ir, pusera o único vestido bonito que ainda possuía. Era vermelho, justo no peito e nos quadris, com uma saia curta e reta que chegava á metade das coxas. Eu o havia comprado quando Igor me convidava para o baile de formatura do colégio. Aí ele fora indicado para rei do baile e Perola tinha sido indicada para rainha. Ela quisera ir á festa com ele e ele me telefonara para perguntar se estava tudo bem ir com ela em vez de ir comigo. Todo mundo dizia que eles iriam ganhar e achava legal os dois irem juntos. Então eu concordei e pendurei o vestido de volta no armário. Naquela noite, mamãe e eu assistimos a comédias românticas e nos entupimos de Brownie. Pelo que eu me lembrava, aquela fora uma das últimas vezes em que ela pode comer bobagens sem passar mal por causa da quimio.
Neta noite, eu tinha tirado o vestido da mala. Pelos padrões daquelas pessoas, não era um vestido caro. Na verdade, era bem Simples. Eu corria um risco enorme de ir á tal festa e ser humilhada. Não me encaixava no meio daquela gente. Tampouco me encaixara no ensino médio. Minha vida era apenas um eterno constrangimento. Eu precisava aprender a me encaixar, a me afastar da garotas desengonçada que era excluída no ensino médio porque tinha problemas mais graves.
Levantei-me e alisei o vestido para remover qualquer amassado produzido pelo tempo que passara sentada ali pensando se iria ou não á festa. Decidi sair do quarto. Quem sabe pegar uma bebida e ver se alguém falava comigo. Se fosse um desastre completo, eu sempre poderia voltar correndo ali para dentro, vestir o meu pijama e me encolher na cama. Aquele seria um passo pequeno, mas muito bom para mim.
Abri a porta da despensa e entrei na cozinha, grata por não ter ninguém li. Sair da despensa seria um pouco difícil de explicar. Pude ouvir a voz de Guga rindo alto e conversando com alguém na sala. Ela falaria comigo, poderia até me ajudar a me enturmar naquela festa. Respirei fundo, saí da cozinha e desci o corredor até o hall. As rosas brancas e fitas prateadas espalhadas pela casa toda me fizeram pensar em um casamento, não em um aniversário. A porta da frente abriu e eu me assustei. Parei e vi olhos conhecidos encararem os meus. Senti o emu rosto ficar quente enquanto Fernando me dava uma longa e vagarosa olhada de avaliação.
- Lua - disse ele quando os seus olhos finalmente voltaram ao meu rosto. - Não achei que fosse possível você ficar mais gata. Estava errado.
- Caramba, menina, é mesmo. Você fica ótima depois de um banho. - Um rapaz sorriu para mim. Não conseguia me lembrar do nome dele. Será que ele tinha me dito?
- Obrigada - consegui articular.
Estava sendo tímida mais uma vez. Aquele era a minha oportunidade de me enturmar. Eu precisava aproveitar a chance.
- Não sabia que Arthur tinha voltado a jogar golfe. Ou você veio com outra pessoa?
Fiquei confusa e levei alguns segundos para entender o que Fernando queria dizer. Quando percebi que ele achava que eu estava ali com alguém que conheceram no trabalho, sorri. Não era nem de longe o caso.
- Eu não vim com ninguém. Arthur é... bom, a mãe dele é casada com o meu pai.
Pronto, estava explicado.
O lento sorriso descontraído de Fernando se abriu mais um pouco enquanto ele se aproximava de mim.
- É mesmo? Ele está obrigando a irmã postiça a trabalhar no country club? Ora, ora. Esse rapaz não tem modos mesmo. Se eu tivesse uma irmã bonita como você, manteria ela trancada... o tempo todo. - Ele parou de falar e ergueu a mão para acariciar a minha bochecha com o polegar. - Eu ficaria com você, é claro. Não iria querer que se sentisse sozinha.
Não havia dúvida: ele estava-me cantando. Pesando. Aquele ali estava em um nível muito acima do meus. Era experiente demais. Eu precisava de um pouco de espaço.
- Essas sua pernas deviam vir com um aviso. Impossível não tocar.
A voz dele ficou um tom mais baixa.
- Você... vocêé amigo do Arthur ou da, hã, da Giovanna?- Perguntei, lembrando-me do nome que Guga havia usado para nos apresentar na primeira noite.
Fernando deu de ombros.
- Gi e eu temos uma amizade complicada. Já Arthur e eu nos conhecemos a vida inteira. - Fernando levou a mão ás minha costas. - Mas posso apostar que a Gi não é sua fã.
Eu não sabia se era. Não tivemos contato nenhum desde aquele primeira noite.
- Na verdade a gente não se conhece.
Fernando! Você chegou - falou uma mulher ao entrar no recinto.
Ele virou a cabeça e deparou com uma mulher com corpo cheio de curvas mal coberto por uma roupa de cetim preto. Aquela seria a dua distração. Comecei a me afastar e a voltar na direção da cozinha. Meu momento de coragem tinha passado. Mas Fernando segurou o meu quadril com força, mantendo-me firme onde eu estava.
- Alice - foi tudo o que ele disse em resposta.
Os grandes olhos castanhos da garota se desviaram dele e pousaram em mim. Observei sem poder fazer nada quando ela viu a mão dele pousada no meu quadril. Aquilo não era o que eu queria. Eu precisava me encaixar.
- Quem é essa? - disparou a menina, agora olhando para mim com raiva.
- Esta é Lua. A nova irmã do Arthur - respondeu Fernando com um tom entediando.
A menina estreitou os olhos e, em seguida, riu.
- Não é, nada. Ela está usando um vestido vagabundo e sapatos mais vagabundos ainda. Não sei que essa menina é, mas ela está mentindo para você. Mas , enfim, você sempre foi fraco diante de um rostinho bonito, não é, Fernando?
Eu realmente deveria ter ficado no quarto.

  
                                                                                                               Continua.....

Respondendo:
Hellen. A web e narrada pela lua não tem como saber. Tentação sem limites vai ser a 2 temporada.
Vitória Suelly. Vou tentar postar dois capítulos no sábado. E o primeiro Livro da Trilogia Sem Limites,  Fallen Too Far  - Paixao sem Limites - Abbi Glines





9 comentários:

  1. Amei
    Espero que o Fernando defenda ela ou o Thur apareça

    Vai continuar quando

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  2. Seria legal o thur defender ela :)).Vai demora para eles ficarem juntos O.o ? Curiosa :/

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  3. Seria realmente legal o arthur defendê-la, mas... queria ler mais... rsrs. Posta logo? E QUE O SABADO CHEGUE LOGO, PELO AMOR DE DEUS!!! rs

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  4. hummmm to amando... posta + um hj! ansiosa pra ver LuAr junto

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  5. OMG,to ficando viciada :)

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  6. Xonante !!! Web perfect, posta mais hoje
    Ah, e vai demorar muito pra eles ficarem juntos ? / Livia

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  7. Xonante !!! Web perfect ! Posta mais hoje ! Vai demorae muito pra LuAr ficar junto ?? / Livia

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  8. Nao quero a lua e fernado nao pelo amor de deus.

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