Paixão Sem Limites - Capitulo 11 Parte 2

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Capitulo 11 Parte 2

Quando entrei na cozinha, Arthur estava sentado á mesa com um prato de bacon mexidos na sua frente. Ergueu os olhos na hora para me encara.
- Escolheu? - perguntou.
Respondi que sim e fui me postar do outro lado da mesa.
- Sim, acho que escolhi. Aquele que você disse que tinha uma vista maravilhosa... verde a azul, né?
Arthur sorriu.
- É.
- E tudo bem eu ficar lá? É muito legal. Se esta casa fosse minha, eu iria querer aquele quarto.
Arthur abriu mais ainda o sorriso.
- Voce ainda não viu o meu.
O dele devia ser ainda melhor.
- Fica no mesmo andar?
Arthur espetou um pedaço de bacon.
- Não, o meu ocupa o último andar inteiro.
- Todas aquelas janelas? Aquilo tudo é um quartão só?
Visto de fora, o último andar mais parecia feito de vidro. Eu sempre ma perguntara se aquilo era uma ilusão ou se havia vários cômodos.
Arthur assentiu.
- É.
Eu queria ver o seu quarto, mas como ele não convidou, não pedi.
- Já arrumou as suas coisas? - perguntou ele, dando uma mordida no bacon.
- Não, queria confirmar com você antes de desfazer a mala. Talvez o melhor seja deixar tudo lá dentro. No final desta semana vou estar pronta para me mudar. As gorjetas que ganhei no clube foram boas e poupei quase tudo.
Arthur parou de mastigar e a expressão dos seus olhos endureceu ao fitar com raiva alguma coisa do lado de fora. Acompanhei o seu olhar, mas não vi nada a não ser a praia vazia.
- Lua, você pode ficar aqui o tempo que quiser.
Desde quando? Ele tinha me dito um mês. Não respondi.
- Sente-se aqui do meu lado e prove um pouco deste bacon.
Ele puxou a cadeira ao lado da sua e eu me sentei sem discutir. O bacon estava mesmo com um cheiro bom, e eu bem que precisava de algo que não fosse manteiga de amendoim.
Arthur deslizou o prato na minha direção.
- Coma.
Peguei um pedaço de bacon e dei uma mordida. Estava crocante e gorduroso, do jeito que eu gostava. Comi a fatia inteira e Arthur tornou a empurrar o prato na minha direção.
- Coma outro.
Reprimi uma risada diante daquela sua súbita necessidade de me alimentar. Que bicho o teria mordido? Saboreei uma segunda fatia de bacon.
- Quais são os seus planos para hoje? - indagou Arthur depois que comi o último pedaço.
Dei de ombros.
- Ainda não sei. Pensei em talvez procurar apartamento.
O maxilar de Arthur se contraiu e, mais uma vez, seu corpo ficou tenso.
- Pare de falar em se mudar, Ok? Eu não quero que você se mude antes dos nossos pais voltarem. Você tem que falar com o seu pai antes de sair correndo para morar sozinha. Não é muito seguro. Você é nova demais.
Dessa vez eu ri de verdade. Ele estava sendo ridículo.
- Não sou, não. Qual é o seu problema com a minha idade? Tenho 19 anos, já sou bem grandinha. Posso morar sozinha com toda a segurança. Além disso. consigo acertar um alvo em movimento melhor do que a maioria dos agentes de polícia. Meu talento para atirar é bem impressionante.
Então pode parar com esse papo de insegurança e de que sou nova demais.
Arthur levantou uma das sobrancelhas.
- Quer dizer que você tem mesmo uma pistola?
Confirmei com a cabeça.
- Pensei que Guga estivesse brincando. O senso de humor dele ás vezes é horrível.
- Não. Eu apontei a pistola para ele na minha primeira noite aqui.
Arthur deu uma risadinha, recostou-se na cadeira e cruzou os braços em frente ao peito largo. Forcei-me a manter os olhos no seu rosto e a não olhar para baixo.
- Adoraria ter visto isso.
Não falei nada. Aquela noite tinha sido muito ruim para mim. Eu não estava disposta a relembrá-la agora.
- Não quero que você fique aqui só porque é nova. Entendo que consegue cuidar de si mesma, ou pelo menos acha que consegue. Quero você aqui porque... gosto de te-la aqui. Não vá embora. Espere o seu pai chegar. Pelo que parece, vocês dois precisam conversar. Aí você pode resolver o que fazer. Por enquanto, que tal ir lá para cima e desfazer a mala? Pense em todo o dinheiro que pode economizar morando aqui. Quando se mudar, já vai ter uma conta no banco bem recheada.
Ele queria que eu ficasse. O sorriso bobo que repuxou os meus lábios foi incontrolável. Eu ficaria, sim, e ele estava certo: seria uma baita economia. Quando papai voltasse, eu conversaria com ele e então me mudaria. Não havia por que sair se Arthur me queria na casa.
- Está bem. Sem estiver mesmo falando sério, então, obrigada.
Arthur balançou a cabeça e se inclinou para a frente, apoiando os cotovelos na mesa. Seus olhos estava cravado em mim.
- Estou falando sério. Mas isso também quer dizer que aquele papo de a gente ser amigo tem que continuar valendo, totalmente.
Ele tinha razão, claro. Morarmos juntos e termos qualquer tipo de envolvimento seria complicado. Além do mais, quando o verão terminasse, ele iria se mudar para outra casa em algum lugar. Eu não precisava desse tipo de sofrimento.
- Combinado - retruquei.
Os ombros dele não relaxaram e o seu corpo continuou contraído.
- E você também vai começar a comer a comida daqui quando estiver morando lá em cima.
Fiz que não com a cabeça. Não, eu não faria isso. Não era uma aproveitadora.
- Lua, não discuta. Estou falando sério. Coma a porcaria da minha comida.
Empurrei a cadeira para trás e me levantei.
- Não. vou comprar comida e comer. Eu não sou... não sou igual ao meu pai.
Arthur resmungou alguma coisa, então também empurrou a sua cadeira e se levantou.
- Acha que eu já não sei disso a esta altura? Você tem dormido dentro de um armário de vassouras sem reclamar. Limpa tudo o que eu sujo. Não come direito. Dá para ver que não tem nada em comum com o seu pai. Mas você é hóspede aqui na minha casa que coma na minha cozinha e que a trate como se fosse sua.
Aquilo seria um problema.
- Vou por a minha comida na sua cozinha e come-la aqui. Fica melhor assim?
- Se você só pretende comer manteiga de amendoim e pão, não. Quero que coma direito.
Comecei a balançar a cabeça em negativa quando ele estendeu a mão e segurou a minha.
- Lua, ficarei feliz se souber que você está comendo. Henrietta faz comprar uma vez por semana e abastece a casa supondo que eu vá receber vários convidados. Tem comida mais do que suficiente. Por. Favor. Coma. A . Minha. Comida.
Mordi o lábio inferior para me impedir de rir da sua expressão de súplica.
- Está rindo de mim? -  perguntou ele e um sorrisinho repuxou os seus lábios.
- Estou. um pouco - admiti.
- Isso quer dizer que vai comer a minha comida?
Suspirei.
- Só se você me deixar pagar toda semana.
Ele começou a fazer que não com a cabeça e eu retirei as mãos da sua e comecei a me afastar.
- Para onde você vai? - perguntou ele trás de mim.
- Cansei de discutir com você. Vou comer a sua comida se puder pagar a minha parte. É o único acordo que aceito. É pegar ou largar.
- Tudo bem - rosnou ele.
Olhei de volta para ele.
- Vou tirar as minhas coisas da mala e depois vou tomar um banho naquela banheira. Depois disso não sei. Não tenho plano nenhum até de noite.
Um vinco marcou a testa dele.
- Com quem?
- Com a Mel.
- Mel? A menina do country club? Aquela que o Chay come?
- Comia. A menina que o Chay comia. Ela ouviu a razão e partiu para outra. Hoje á noite a gente vai a um bar de música country para arrumar uns trabalhadores de macacão que suem a camisa.
Não esperei pela sua reação. Fui depressa até a escada e subi correndo. Quando cheguei ao meu quarto novo, fechei a porta atrás de mim e dei um suspiro de alívio.

                                                                                    Continua...
Semana que vem tem maratona.

Vitoria, Zilpania. Só vou poder passar o link mais tarde.

11 comentários:

  1. Tem mais um capitulo hoje?

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  2. Cada dia mais xonada nessa fanfic <3 mais hj pf ?

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  3. Oba, maratona! Posta mais um hoje? Amando essa fic <3

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  4. Posta mais um hj? Pfpfpf a web é simplesmente d+ parabéns

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  5. Querooo eles juntos logoo manoela por favor

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  6. Meu Deus como uma web pode ser tão perfeita como essa.Parabéns para a escritora e por favor posta mais. A Lua e o Arthur vai demorar ficarem juntos?
    Laryssa.

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  7. Meu Deus como uma web pode ser tão perfeita como essa.Parabéns para a escritora e por favor posta mais. A Lua e o Arthur vai demorar ficarem juntos?
    Laryssa.

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  8. Perfeição é pouco pra definir está web ;)
    Anny.

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  9. Perfeição é pouco pra definir está web ;)
    Anny.

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