Certezas - 2ª Temporada - 25º Capítulo

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P.O.V.’s Lua Blanco

   Durante estes dias em que estive presa, a minha família ficou sem notícias minhas. Arthur me disse que ligaram para mim várias vezes, mas ele próprio não atendeu pois não era uma situação nada fácil de explicar.
   Mas hoje, decidi que ia até à casa da minha mãe, com Arthur, e ia lhe contar tudo o que aconteceu nestes dias. A minha mãe ia pirar. Depois ia chorar. Ia pirar de novo. E se for preciso ainda desmaia.

   Arthur me acordou com todos os mimos possíveis. Me fez sentir uma verdadeira rainha. Tratou do café da manhã acompanhado de uma grande massagem nas costas. De seguida preparou um banho quente na banheira e até a minha roupa ele escolheu. Ele me abria todas as portas pelas quais a gente passava, me mimava com beijos a toda a hora e ainda dizia que eu era a mais linda.

- Já pensou o que vai dizer à sua mãe? – perguntou ele. Arthur dirigia em direcção à casa da minha mãe. Estava um trânsito infernal e ainda por cima chovia.
- Eu vou dizer a verdade.
- Lua, ela vai se preocupar de mais e…
- Arthur, ela tem de saber da verdade! – interrompi ele – Isto ainda não acabou. Eu até agora só fiz aquele interrogatório e ainda falta a sentença. 
- Mas amor, a gente tem um bom advogado e…
- Um bom advogado? Amor, ele desapareceu e deixou outro no lugar.
- Tá, mas eu sei que ele é bom. – Arthur olhou para mim – Vai dar tudo certo, tá? Não se preocupa. Além do mais, você está grávida por isso eles não vão te fazer nada.
- Eu não teria tanta certeza. – respirei fundo, mas não de alivio
- Pra quê esse pessimismo todo? Cadê a Lua com auto-estima bem elevada?
- Não se trata de auto-estima. Se trata de… realidade. – suspirei novamente – Eu quero pensar no pior. Porque se eu pensar no melhor, mas depois as coisas derem errado, vai ser pior para mim.
- Mas eu não quero pensar assim. – ele segurou a minha mão e suspirou. Seus olhos estavam tristes.

   Chegamos à casa da minha mãe uns 15 minutos depois. Era domingo e toda a família estava lá reunida. Bom, na verdade, eram apenas irmãs da minha mãe com as restantes famílias, a minha irmã e o seu namorado. 
   A primeira coisa que fiz foi cumprimentar todo o mundo. Todos elogiaram a minha barriga de seis meses e perguntaram o sexo do bebé.

- É um menino! – respondeu o Arthur com um sorriso no rosto
- Meu deus, jurava que era uma menina. – disse a minha tia – A forma da sua barriga indica uma menina.
- Por favor, isso são coisas dos tempos dos meus avós. – dizia o meu tio – Isso já não se usa. Ou você julga que sabe mais do que um médico? – meu tio calou a minha tia que ficou ofendida
- Você deve estar muito ansioso com a chegada de um campeão a casa, né Arthur? 
- Sim, estou desejoso mesmo. – ele respondeu entre risos

   Minhas tias cantarolaram o Arthur e enquanto isso, eu arrastei a minha mãe e a minha irmã para a cozinha. Queria falar com elas, mas não queria que todo o mundo soubesse, porque depois vão surgir mil e uma perguntas sobre o assunto e eu não me posso preocupar ou enervar, devido a gravidez. 

- O assunto é sério, pela sua cara. – disse Estrela
- É mesmo. – suspirei – Quero vos contar uma coisa.
- O quê?
- É sobre estes dias em que estive fora… - sentei no balcão, à frente da minha mãe e da minha irmã
- Este fora com a sua amiga, não é? Como é o nome dela, mesmo?
- A Yasmin – respondi – A gente ia passar férias, porque ela teve uns problemas com o namorado e precisava espairecer. Mas bom, não correu tudo como a gente queria…
- Porque? O que aconteceu?
- A gente foi vítimas de uma emboscada e acabamos presas. Mas está tu…
- O QUÊ? PRESAS? – minha mãe gritou. Ela pegou a faca, ao seu lado, e começou a rodá-la no balcão
- É mãe… tinha droga na nossa van. Nós ficamos três dias nas celas e fomos libertadas ontem, após um interrogatório.
- Mas isso não pode ficar assim, vocês têm de saber quem foi um filho da put* que fez isso com vocês. E o Arthur? Ele não fez nada, aquele galinha? – minha irmã começou a brigar
- Claro que fez. O Arthur esteve do meu lado sempre e foi ele que implorou ao nosso advogado para pedir ao juiz que adiantasse a interrogatório. Caso contrário, a essa altura eu ainda estaria lá.
- E agora? Está tudo bem? você não volta mais para lá, não é? – minha mãe segurou as minhas mãos com força, mas antes jogou a faca para o chão 
- Bom, eu ainda vou assistir a uma sentença… e só aí vamos saber o que vai acontecer exactamente.
- Mas você não vai para aquele lugar? Não é? – minha mãe tinha os olhos cobertos de lágrimas
- Não sei mãe… a gente vai fazer de tudo para que não, mas não sabemos bem o que vai acontecer, entende? 
- Meu deus do céu. – minha mãe baixou o rosto, levando as mãos à ele e começou a chorar compulsivamente. Minha mãe a abraçou e eu não resisti em chorar também.

   Ficamos as três sem falar nada, apenas chorando. A situação piorou quando as duas me vieram abraçar. Não queria chorar. Não queria fazer elas sofrerem. Amo tanto elas. 
   Arthur entrou pouco depois. Minha mãe e minha irmã se separaram de mim. Estrela foi buscar dois copos com água e misturou açúcar, pois dizem que é bom para a pessoa se acalmar, quando chora desesperadamente.

- Eu avisei que não ia ser fácil… - ele sussurrou no meio ouvido – Se acalma. Olha que ele sofre junto com você. – ele colocou as duas mãos na minha barriga e depois se abaixou para beijá-la. Foi das poucas vezes que Arthur fez isso. Olhei para ele, que levantou o rosto e olhou para mim e Arthur sorriu envergonhado, me dando depois um selinho. – Talvez seja melhor irmos embora. 
- Ela precisa de se acalmar… - disse Estrela – Não quero que o meu sobrinho saía daí todo chorão.
- Não será – ri com lágrimas nos olhos.

   Voltei a me despedir de todo o mundo que estava em casa da minha mãe. Todos perguntaram a razão dos meus olhos vermelhos e Arthur desconversou dizendo que as grávidas se emocionam por tudo e por nada. Acho que ele convenceu elas.
   Na volta para casa, notei Arthur muito atento a todos os meus movimentos. Ele estava centrado em me fazer sorrir a toda a hora.

- Acho que as suas tias são taradas por mim
- Taradas? – eu ri
- É. Me abraçam a toda a hora, dizem que sou lindo e até apertam as minhas bochechas. Dizem que você é uma sortuda por ter um marido como eu.
- Marido esse que me deu muitos problemas, também
- Não falemos de coisas tristes. O que passou, passou.
- Mas deixa marca
- Que aos poucos eu estou apagando, não é mesmo? – ele tirou a atenção da estrada e olhou para mim
- É. – sorri.

   Antes de irmos para casa, passamos num parque com diversos brinquedos pequenos, como baloiços e escorregas, para crianças brincarem. Arthur fez questão de sentar num banco de jardim, bem em frente a um casal que tinha gémeos bebés. Pelo que percebi, era uma menina e um menino. Eles já davam alguns passos, mas se desequilibram muito e caiam com facilidade.

- Já imaginou o nosso?
- Desse jeito? – olhei para Arthur – Já. E você?
- Eu também. – ele respondeu – Já pensou se fosse gémeos?
- Você queria?
- Acho que é meio raro haver gémeos. Só quando vem de família.
- Tem alguém na sua família que tenha gémeos?
- Não e você?
- Também não
- Então é bem provável que não vaiamos ter filhos gémeos
- É… pra tirar a paciência já me basta você, né?
- Eu, é? – ele me encarou, enquanto cruzou os braços – Sou eu que te tiro a paciência ou é você que me tira a paciência quando pede desejos estranhos?
- Você nem pode reclamar. Não pedi ainda, desde que cheguei da… daquele lugar. – suspirei e encarei o chão.
- Ei… - ele me balançou e me puxou para o seu colo – Estávamos indo tão bem.
- Eu sei… mas pensei na minha mãe. Me custou muito ver ela daquele jeito.
- Eu sei disso. Alias, foi por isso mesmo que pedi para não irmos. O bebé assim vai sofrer também. – ele beijou a minha testa


   No dia seguinte, Arthur foi trabalhar cedo e me deixou sozinha em casa. Assim que acordei, corri para o banheiro. Dizem que ao sexto mês de gravidez, a bexiga da grávida fica muito apertada e o apetite sexual aumenta muito. E foi só pensar nisso para a vontade de ter Arthur aparecer. 
   Tentei não pensar em Arthur, durante uns momentos. Fui à cozinha e peguei pão para comer. Mas na hora em que ia pegar a manteiga, reparei que ela estava fora da geladeira e só podia ter sido Arthur. E pronto, lembrei dele novamente.
   Fui para a sala e quando deitei no sofá, me sentia muito desconfortável. Tentava me colocar de barriga para baixo, para cima e até de lado, mas nada dava resultado. Estava ficando louca e o desejo por Arthur só aumentava. Me levantei. Andei pela casa como barata tonta até pegar o celular e mandar uma mensagem para Arthur.

“Amor, vem rápido. Preciso de você agora!”

Boa noite! Postei agora um capítulo, desculpem pela demora. Estou todos esses dias estudando.
Amanhã eu tento postar mais ;)
 


8 comentários:

  1. Tomara que a lua nao vomte pra cadeia

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  2. A M E I
    posta mais um hjj please

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  3. Isso é da novela sol de inverno não é??? Adoro a web é linda espero que a lua não fique presa!!!

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  4. Que dó da Lua, tomara que descubram a verdade sobre essas droga e elas sej inocentadas \O
    owm que fofo Arthur todo feliz pelo garotão deles <3 Adorandoo de mais cada capitulo =D

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  5. Que coisa mais lindaaaa! Owwwn. Que web delicada, perfeita.. assim que possivel posta. E cris, quem é a "dona" do blog? (Totalmentr fora de assunto, desculpa) é que uma web que estava lendo foi excluida no setimo capitulo, acho.. ela desapareu daqui.. e como vc responde a nós, leitoras, achei que podia perguntar... desculpa mais uma vez :S

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  6. Ela nao pode volta para a cadeia :( kkkkkkkkkkk Luinha gravida ta muito safala vei <3

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  7. Ta muito boa a web . Thur vai chegar em casa desesperado pensando q aconteceu algo com a lua , quando na vdd ela esta com um desejo diferente , desejo de arthur junior dentro dela hahah . Sou nova leitora adaline

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