Certezas - 2ª Temporada - 24º Capítulo

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POV’s Arthur Aguiar

   E o temível dia chegou. Fazia três dias consecutivos que eu não pregava olho como deve ser. Cada vez que eu fechava os olhos, pensava na possibilidade do juiz não acreditar na inocência de Lua e Yasmin e condená-las sabe-se lá quantos anos. 
   De olhos abertos, eu via apenas o bem, ou seja, imaginava ele, o juiz, dizer que Lua e Yasmin haviam sido enganadas e consequentemente metidas numa grande alhada. 

   Me apresentei às 9horas em ponto no tribunal. O meu advogado, no dia anterior, me tinha dito que não ia estar presente nesta audiência, mas que no seu lugar ia deixar um homem que estava a par de tudo e que me ia defender com unhas e dentes nesta audiência. 

- Mas o que aconteceu com ele? – perguntava eu, ao substituto do meu advogado
- Eu não sei. Falei com ele ontem, mas ele parecia muito nervoso. E hoje não atendeu as minhas chamadas e nem está em casa.
- Como assim? O que aconteceu com ele?
- Eu realmente não sei. Ele me disse que queria que eu o substituísse hoje porque tinha uns negócios importantes a tratar e não me disse mais nada.
- Estranho! – passei a mão no queixo – Muito estranho.
- Mas não se preocupe. Eu irei dar conta do recado muito bem.
- Estou seguro que sim. – coloquei a mão por cima do ombro dele e entramos

   Lua estava no banco da frente, com Yasmin, ambas impacientes. Quando entrei, não pude ir ao encontro delas, pois eu estava aqui como publico. O interrogatório não permitia a presença de testemunhas, por isso eu estaria ali calado, apenas assistindo tudo. Lua olhou para trás, assim que chegou. Ela parecia estar confiante, mas eu via o seu olhar triste. Mandei um beijo pelo ar e sussurrei um “te amo, estamos juntos!”.
   O advogado foi para a frente. Ficou ao lado do juiz, enquanto organizava os papeis para a sessão de interrogação começar. Segundo o que percebi, o juiz ia fazer perguntas sobre o suposto dia em que Lua e Yasmin foram flagradas com, exactamente, 1 KG de droga na Van em que se deslocavam para fora de Londres.

   Ouvimos um estrondo na porta enorme, atrás de todos nós, e para lá olhamos. Entrou um homem com uma aparência pouco normal junto com outro de roupa mais formal. Eles se sentaram nos bancos da frente, mas antes de se sentarem, olharam para Lua e Yasmin, ambos ao mesmo tempo.

   A sessão de interrogação começou. 
   Primeiro, começaram por interrogar o homem, que estava ao lado de Lua. O tal com a aparência “pouco normal”. Sinceramente? Ele me parecia um vagabundo qualquer. O juiz olhou para Lua e para o tal cara, ambos arguidos, e depois de segurar umas folhas, apresentou o cara.

- João Mendes, 35 anos, preso por tráfico de droga. Certo?
- Sim! – ele afirmou
- A droga era pra você?
- Não senhor
- Então?
- Era para essas duas garotas! – ele apontou para Lua e Yasmin
- O QUÊ? – Lua e Yasmin gritaram
- MENTIRA! – Yasmin gritou
- Silêncio! – o juiz gritou – Você conhece elas?
- Não. Elas apenas me ligaram e disseram que tinham algo para mim. E como eu trafico, em troca de dinheiro, não perdi a oportunidade, até porque elas pagavam bem.

   Cada palavra dele, me fazia subir o sangue para além das pontas dos meus cabelos. Eu queria me levantar, saltar todos esses bancos e dar cabo do desgraçado.

- Chegou a encontrar as arguidas?
- Não. Entretanto foram presas – ele respondeu
- Como sabia que eram elas?
- Elas me falaram os pormenores da Van.
- Tinham se comunicado naquele dia?
- Não. Foi apenas uma vez, para combinar onde e quando seria o acto.
- Muito bem. 

  O advogado do cara trocou duas ou três palavras com o Juiz, dizendo que o seu arguido estava inocente. Afinal, o plano tinha sido de Lua e Yasmin. Ele apenas tinha ido lá fazer o seu “trabalho”. Que cara de pau!

   De seguida, o juiz olhou para Yasmin e Lua e procedeu o interrogatório.

- Porque quiseram sair de Londres?
- Porque Yasmin estava com uns problemas pessoais e como eu estava grávida, sem poder trabalhar, decidimos tirar umas minis férias num local calmo. – respondeu Lua
- Tinham alguém à vossa espera?
- Não – respondeu Yasmin
- Está a dizer que iam as duas consumir 1 Kg de droga sozinhas? – o juiz as encarou
- Como já dissemos várias vezes, nós não fazíamos ideia de que aquela droga estava ali. 
- Não acha que é estranho, acreditarmos que vocês não sabiam da existência daquele saco de droga, na vossa própria van? – perguntou novamente o juiz
- É estranho. Realmente é estranho. Mas como já disse também, a van não era nossa. E nós não sabíamos que aquilo estava ali. Só alugamos a Van
- É verdade que nunca consumiram droga?
- Nunca! E não era grávida que o ia fazer
- Não fazia, por tanto, nada que prejudicasse o bebé?
- Claro que não! Amo de mais o meu filho para o prejudicar de tal forma
- Nem mesmo pela força de vontade? Ou melhor, você não está trabalhando, logo o dinheiro não deve ser tanto como quando trabalhava.
- O dinheiro não é problema para mim. E mesmo que fosse, eu não faria tráfico de droga. Não sou tão idiota assim.
- Pelo menos é o que diz! Conhecem aquele homem? – o juiz apontou para o tal João
- Não, não conhecemos. – disse Lua
- Alias, tudo o que ele disse é mentira! – Yasmin prosseguiu
- Tem a certeza? – perguntou o Juiz
- Absoluta! – Lua assentou
- Então quer dizer que não existe contacto entre ele e vocês?
- Isso. Eu nunca o vi na vida!
- Muito bem!
- Se me permite – o advogado se colocou em pé – As arguidas acabaram de confirmar que não conhecem o arguido em questão e não têm qualquer tipo de contacto com ele. Mas, o facto é que apareceu a droga na Van. 
- Como foi o aluguer da Van? – questionou novamente o juiz
- Não falamos com ninguém. Foi tudo tratado através da internet – respondeu Yasmin – Foi eu própria que fiz isso. Só tive contacto com o responsável quando ele veio colocar a Van na minha casa.
- Inspeccionou a Van?
- Não. Eu apenas vi a Van por dentro e fiz as perguntas básicas. Eu não fazia a mínima ideia de que ia ter 1 KG de droga lá dentro!
 - Quer dizer que a droga já podia estar lá dentro?
- Sim
- Sabia que essa empresa, pela qual fez o aluguer, tem um processo por causa de droga, que por acaso envolve o arguido João Mendes?
- Não. Não fazia a menor ideia disso
- Muito obrigado. É tudo. 

   Após o interrogatório, o Juiz liberou as duas. Ou seja, Lua e Yasmin poderiam voltar a casa até à data da sentença. 

(…)

- Eu tenho a certeza que aquele tal de João Mendes foi pago para dizer tudo aquilo. Resta saber por quem ele foi pago.
- Você duvida de alguém?
- O nosso advogado, o outro, dizia que Conor podia ter a ver com o assunto.
- O Conor? Como assim? – Lua se exaltou toda, saindo no meu colo
- Ele foi solto… ele pagou uma fiança, nem sei eu com que dinheiro. Se eu sei que foi ele que te tramou, eu juro que mato ele!
- Fica calmo… - Lua me abraçou. Estávamos na banheira, completamente nus, em frente um ao outro e ela vinha com toda aquela moleza para cima de mim. A carne é fraca. – Eu é que devia estar preocupada.
- Me conta como foi lá… eu sei que foi terrível e tal… mas me conta.
- Foi pior que isso. – Lua deixou uma lágrima passar. Se levantou e passou o seu corpo por água, saindo de seguida da banheira e se enrolando numa toalha – Aquela cela, onde ficamos, é fria, pouco confortável e tem cheiro de… ah, sei lá, de… de dor. Eu não explicar. Mas não é propriamente um quarto ou uma sala confortável de uma casa de pessoas normais. As pessoas que lá estão à mais tempo, são cruéis e te fazem a vida negra por você apenas respirar. Eu assisti a tantas brigas que eu e Yasmin preferíamos nem olhar para elas, quando passávamos nos corredores para as cantinas. Eu preferia encarar o chão. Eu não queria ser vitima de violência lá dentro. – Lua suspirou. 

   
   Depois do nosso jantar, coloquei Lua para dormir. Parecia que ela tinha vivo 100 anos no meio da serra, num local sem condições, porque ela se jogou na cama e segurou com tanta força os lençóis que parecia até uma maluquinha. Eu entendia ela. Nada se compara ao conforto de uma casa com uma cela de prisão. 
   Após de Lua cair na cama, pediu que me deitasse ao seu lado, para fazer carinhos sobre a barriga dela e sobre os seus cabelos. Eu apertei ela bem forte contra o meu peito e pedi a deus que não deixasse ninguém tirar ela de perto de mim. 

Espero que tenham entendido esse capítulo. Qualquer dúvida, me perguntem que eu respondo! 

Eu já fiz os meus testes. correram razoavelmente. Agora restam os exames nacionais de matematica e geografia. vou fazer eles no final desse mês. estarei ausente alguns dias para estudar, pois vêm matéria de 2 anos consecutivos. eu não sei como é no brasil, talvez o nome seja diferente. não sei explicar de melhor maneira :/ obrigada a quem perguntou e se importou <3 

11 comentários:

  1. Entendi muito bem e adorei cris, adoro o romance da web e tudo o mais..
    nada cris, espero q esses exames nacionais sejam otimos... e sim, no brasil é assim que se fala.

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  2. E por favor cris, posta assim que possivel... obrigada s2

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  3. Amei o capitulo
    Boa sorte nas provas

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  4. Bom vc sempre arrasa neeh, nem preciso dizer, Boa sorte em tuudo! Entendi o capitulo e achei supeeer! , posta mais um hooje poor favor, pra compensar q vai ficar uns dias sem postar! Pooor favoor, pensa com carinho taa? Bjss te adoroo

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  5. Concordo... Cris, você poderia postar mais um hoje *-*, ja que vai ficar sem postar...

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  6. Boa sorte na prova(ou simulado não entendi muito bem o que e) essa web e vida cara <3
    Que você tire nota boa nas provas

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  7. Tomara que elas sejam inocentadas :D
    Estou amando esse novo Arthur, pena que Lua tenha sofrido tanto pra ele cair na real, esta perfeitaaa a web!!
    Boa sorte para vc Cris, vc é capaz :D

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  8. Tem que ser inocentadas,boa sorte '-'

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  9. hey gata fiquei feliz que vc se deu bem nos teste.... e mais sorte pro outro e torça por mim que eu tbm vou fazer uns teste chatos.... posta mais please

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  10. Cris, to com sausades... posta mais...

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