O tempo cura tudo - 7º Capítulo

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POV NARRADOR

As simples coisas que Arthur fazia a Lua, fez com que a garota acreditasse num possível recomeço entre eles. Quem sabe que depois de tudo o que ela passou, não possam voltar a ser um casal como antes. 

- Vai haver uma festa, tipo lual na praia… - Lua comentou, à hora de almoço
- E você queria ir?
- Eu gostava… mas não tenho companhia.
- Eu não sirvo?
- Não sei… acho que não é um ambiente bom pra você
- Porque?
- Ainda pergunta? Lá na praia vai haver muito álcool, muita droga com certeza e loucura dos garotos novos nem se fala. Não é um bom clima pra você
- Mas seria bom eu ir a uma festa dessas…
- Porque?
- Porque assim eu poderia aprender a me controlar
- Arthur, você não vai conseguir. Você está a pouco mais de três semanas limpo, sem álcool ou drogas… a recuperação de um toxicodependente leva anos
- Eu sei. Mas pode ser que eu seja diferente
- Arthur, ninguém é diferente de ninguém. O meu pai tinha o vicio do cigarro e demorou mais de 10 anos a desaparecer por completo
- Se eu estiver perto de você, eu juro que vou conseguir. – ele segurou a mão de Lua
- Será mesmo Arthur? – Lua não estava bem a aceitar essa proposta dele
- Sim, acredita em mim. Por favor. – ele pediu
- Tudo bem. – ela suspirou – Arthur, por favor, não comete outro erro. Não mais, eu sofri de mais nas suas mãos. Não quero sofrer de novo.
- Eu juro que você não vai sofrer…
- Não fala isso – ela pediu – As drogas falam sempre mais alto. 
- Se você que é a pessoa que mais me conhece, não acredita na minha recuperação, quem vai acreditar? – ele levantava a voz
- Arthur, não é isso. eu quero te ajudar muito. Mas apenas estou te alertando para o perigo… 
- Eu sei. E obrigado por isso – ele sorriu um pouco forçado

Eles se apressaram a arrumar tudo e deixar a casa mais ou menos, pra que quando chegassem da festa cansados, não precisassem de arrumar nada.
Após isso, Lua ficou uns 30 minutos, sentada na capa, em frente a todas as suas roupas, ainda com a toalha de banho enrolada no corpo.

- Que roupa eu levo senhor? – ela estava indecisa – Aquela eu levei na ultima festa que eu fui. – apontou para o vestido preto – Aquela eu levei na balada uma vez… - apontou para outro conjunto de roupa – Só se eu levar o vestido branco. Mas com quê? Sandálias havaianas? E a bolsa? Qual eu levo? AHHH, DIFICIL SER EU! – ela se jogou na cama
- Lua, está tudo bem? – perguntou Arthur, do outro lado da porta
- Não, não está! – ela gritou de novo
- como assim? Posso entrar? – ele ficou todo nervoso
- Não Arthur, não é preciso! Já já, eu saiu
- Tem certeza?
- Tenho. Deixa de ser chato…

Lua olhou para os seus vestidos básicos brancos, mas acho pouco para uma festa tão legal que nem aquela. Depois olhou para os seus vestidos compridos de uma cor só e achou pouco também para a ocasião quase especial. Ai se lembrou de um vestido comprido também, florido que uma vez comprou mas que nunca tomou coragem de vestir. Ele era lindo. Os tons das flores desenhadas no vestido eram claras e o vestido tinha uma pequena abertura num dos lados, mostrando a perna. Será que ficaria bem ela levar aquele?

Pegou num, se arranjou e foi ter com Arthur, que esperava na sala impacientemente. Quando viu que Lua chegava, se levantou e olhou a moça umas cinco vezes de cima a baixo. O seu queixo estava caído.

- Precisa de tanta produção? – ele ainda estava do mesmo jeito, de queixo caído
- Você acha que ficou mal?
- Não. pelo contrário – ele riu – Você tá linda.
- Obrigada. – sorriu envergonhada

Lua usava uma maquiagem leve e o seu cabelo tinha uma trança de lado, feito por ela própria. 

- Você também está lindo – ela sorriu, o olhando pela primeira vez de cima a baixo

O Arthur estava simples, mas o branco lhe acertava muito bem. Ele tinha umas calças brancas, assim como a camisa. Faltava lá alguma coisa, para lhe dar um certo brilho.

- Lembrei de umas coisas que eu tenho no quarto, vão ficar bem na gente, vou lá buscar, rapidinho.

Lua foi de novo ao seu quarto. Arthur estava cansado de esperar, mas valia a pena.

- Nem morto se eu uso isso – Arthur disse, vendo o que Lua trazia nas mãos
- Por favor Arthur, vai ficar legal. Por mim? – ela fez bico e piscou muitas vezes os olhos, fazendo ele ceder rápido
- Tá bom!

Arthur colocou o colar de flores enquanto Lua colocava a coroa. 
Assim foram os dois, de braço dado, até um ponto de onibus, onde pegaram o primeiro e foram para a praia. 
A praia estava arrasada de gente. estava uma noite de calor, o que fazia as pessoas aderirem mais a esta festa. A musica soava alto, dava pra ouvir a milhares de metros dali. Haviam pequenas fogueiras onde pessoas faziam churrasco e no areal víamos pessoas sentadas em roda onde no meio delas alguém tocava violão. Os pequenos bares nas praias estavam cheios de pessoas e as ambulâncias não paravam de um lado pro outro, resgatando pessoas que não controlam os excessos de bebida.

- Lua, posso pedir uma coisa?
- O quê? – ela estava assustada com o que ai vinha
- Podemos ficar de mãos dadas?
- Porque isso agora?
- É que sei lá… me sinto melhor desse jeito. Acho que assim eu não cometerei nenhuma loucura mesmo.
- Tá. Mas é só dar as mãos viu? Nada de gracinhas.
- Tudo bem.

Eles deram as mãos. Lua sentiu o seu coraçao bater muito rápido, sentiu um frio pela sua espinha e desde logo as suas mãos começaram a suar.
Arthur não sentiu nada quanto àquilo. Ele estava mais preocupado com as suas recaídas. 

- Vamos dar uma volta?
- Vamos… - Arthur concordou

Ficar perto daquele cheiro de tabaco não fazia bem para ele.
Lua nem notava a preocupação de Arthur ou nervosismo. Ela estava mais interessada nessa festa e no convívio que se fazia aqui.
Os dois pararam perto de uma roda de jovens que cantavam e dançavam ao som de um violão e Lua entrou na mesma dança, se divertindo de mais, como à muito tempo não fazia.
Arthur não quis dançar, ele não tem jeito para aquilo. Ficou aquelas olhando ela dançando, enquanto batia palmas ao som da música.

Lua cansou de dançar e foi até um bar com o Arthur comprar uma água. O bar estava super cheio de gente, então Arthur ficou na entrada para não atrapalhar mais, enquanto Lua entrava pra ir comprar a água.
Enquanto Arthur estava na porta, esperando, viu muita coisa suspeita. Garotas com uns 16 anos bebendo como se tivessem 25 e os garotos fazendo o mesmo e ainda se aproveitando do estado delas. Do outro lado, tinha dois garotos trocando umas coisas brancas por dinheiro, Arthur logo concluiu que aquilo era droga. 
De um lado, ele via gente beber e se aproveitar de garotas menores, do outro ele via gente fumando, se drogando e até trocando drogas por dinheiro. Ele sentia aquele caminho ruim lhe chamar de novo e estava prestes a cair na tentação quando um cara um aspeto péssimo lhe ofereceu um cigarro.
Arthur olhou pros lados, totalmente em pânico, começou a tremer muito pois sentia falta de tudo aquilo, mas sabia que não podia cometer um novo erro. 
Ele tremia, abraçava os próprios braços, fechava os olhos tentando não pensar em coisas ruins e acabou se sentando no chão, tremendo muito ainda.

Foi grande né? Quero muuuuuuitos comentários.
Depois leiam o "Aviso" que eu vou postar.

7 comentários:

  1. Nossa, que barra o Thur tá enfrentando hein. Espero que ela não tenha recaida ele e a Lua estão tão bem. Posta maais

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  2. ele tem que resistir, faz ele ir frequentar um tratamento de alcoólicos e toxicodependentes, ele aí vai ter mais apoio e estrutura para aguentar uma vida nova e limpa ao lado da sua familia

    ass Sophia

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  3. coitado do arthur, ele tá a enfrentar uma barra. ele prometeu largar essa vida e ele tem que conseguir com a ajuda de especialistas e da Lua

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  4. ele nao pode voltar para o mundo das drogas, ele precisa lutar e vencer contra esses vícios

    Ana

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  5. ++++++++++++++++++++++++++++++++++

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  6. por favor n deixa ele voltar pf nãoooooooo

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