O tempo cura tudo - 6º Capítulo

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POV NARRADOR

Ele sentia que mudar a sua vida só ia trazer coisas a seu favor. Ele ia deixar de ser olhado na rua de lado e ia passar a receber mais carinho das pessoas, especialmente daquela pequena loira que ele tanto ama.
Ele sabe perfeitamente todo o mal que fez pra ela injustamente e sabe muito bem que ela não merecia nada daquilo.

- Eu disse que ia mudar…
- Eu sei… mas é difícil acreditar. Tente me compreender
- Só quero que fique do meu lado – Arthur pegou as mãos de Lua, que afastou de imediato – Eu quero atenção, carinho e amor.
- Não acha que pede de mais? eu preciso de uma prova de como realmente você está mudando aos poucos
- Eu faço o que você quiser, tudo o que você quiser – ele quase implorou
- Você tem de começar por você e não por mim.
- Mas estou fazendo isso por você… deixa eu começar assim. Você é o meu único insentivo. É por você que eu quero mudar e deixar de ser esse monstro que eu tenho sido nesses últimos tempos.
- Ainda bem que sabe que tem sido um verdadeiro monstro. – ela levantou do sofá – Olha Arthur, existem clinicas de recuperação, aqueles alcoólicos anónimos… você poderia começar por isso.
- Eu não quero ir para uma clinica, muito menos frequentar reuniões onde todo o mundo vai para lá reclamar
- Então quer recuperar como?
- O tempo cura tudo… nunca ouviu dizer? – Arthur a encarou
- Faça o que quiser!

Lua não sabia se devia ou não de acreditar nele. Será que ele não a ia machucar mais? não a ia desiludir de novo? Não a ia machucar? Nunca se sabe. Pessoas assim como o Arthur, que roubam, que fumam, que se drogam e que bebem não são as que mais devemos confiar. O certo é que Arthur quer mudar isso, quer mudar o jeito que as pessoas pensam dele. Mas é difícil…

A verdade é que ele tentou, fazendo diversas coisas que as mulheres gostam. Ele preparou o café da manha e levou à cama.

- Bom dia! – Arthur se esforçou de verdade. Preparou pão, leite, suco, frutas e até comprou o bolo preferido de Lua. Depois, colocou tudo numa bandeja, acompanhado de uma pequena flor que ele tirou do jardim da vizinha e veio até à cama de Lua entregar

Digo até à cama de Lua, porque ele e ela já não dormem na mesma cama. Desde aquele ultimo dia de sofrimento para Lua, em que ele bateu nela, que ela decidiu que ele dorme no sofá. E assim ele tem respeitado sempre.

- Bom dia… - ela aos poucos foi abrindo os olhos, se espreguiçando e sentando na cama. Ela tinha a barriga descoberta. Ainda não dava pra perceber que estava grávida, pois não tem muito mais que um mês de gestação – O que você tá fazendo?
- Uma surpresa… não é nada de mais. é apenas um café da manhã… - ele disse sem jeito, colocando a bandeja sobre o colo dele – Dormiu bem?
- Muito. Esta férias vão me saber muito bem – ela deu uma pequena gargalhada - Espero que demorem.
- Ainda hoje começaram. Vão demorar pelo menos mais 30 dias.
- É… e o que você preparou?
- Nada de mais. Um pequeno café mesmo. Espero que goste – ele sorriu e colocou a bandeja agora no colo dela
- Humm, que belo aspeto. – ela sorriu, olhando aquela grande fatia de bolo de chocolate – Você que fez?
- Não… - sorriu – Eu comprei mesmo.
- Com que dinheiro? – ela se espantou
- Digamos que te pedi emprestado… desculpa, é que eu não tinha dinheiro nenhum comigo. Mas eu juro que isso vai mudar, eu vou me tratar, recuperar e depois vou arranjar um trabalho.
- São promessas a mais Arthur… - ela deu uma grande dentada no bolo e em seguida bebeu um pouco do suco de laranja
- Não são… juro que não.
- Dê um passo de cada vez. Ou melhor, não dê um passo maior que a perna.
- Eu sei… - suspirou Arthur

Em outra vez, enquanto Lua dormia no sofá, novamente de barriga descoberta, ele se aproximou, sentou no chão, colocando os braços sobre o sofá e fez carinhos sobre a barriga de Lua. Ele passava a mão, sorria e imaginava cenas entre ele e o suposto filho que Lua carrega dentro dela. A garota acordou sentindo impressões na barriga. Não que a incomodasse, pelo contrário, até fazia cocegas…

- Desculpe, não queria lhe acordar – ele se afastou um pouco, ainda sentado no chão da sala
- Não faz mal. É que sentia cocegas – ela riu – Tava fazendo o quê?
- Vendo o meu filho… ou filha – ele riu – To louco pra saber o sexo. Quando é que podemos mesmo descobrir isso?
- Ainda falta Arthur. uns três ou quatro meses
- Nossa, tanto… - ele reclamou – Posso continuar com o que eu estava fazendo?
- Não sei… - ela disse meia insegura. Ela não gostava muito se sentir ele lhe tocar. Se bem que agora não é do mesmo jeito de antes – Tudo bem, só mais um pouco. Até porque eu estava gostando.

Arthur riu e continuou passando as mãos sobre a barriga dela e de vez em quando colocava os seus dois dedos andando de um lado pro outro. Isso roubou gargalhadas da Lua.

- Ahh não Arthur, para por favor – ela ria de mais, sentando-se no sofá – Para, para…
- Tudo bem, eu paro – ele se rendeu, colocando as mãos pra cima
- Me deu fome agora. Ainda tem daquele bolo de chocolate?
- Tinha, se durante a noite você não comesse
- É que deu fome. Mas agora eu quero de novo aquele bolo
- Eu compro pra você. Voce tem é de… - ele deu a entender o que precisava
- Vai buscar a minha carteira, eu te dou dinheiro. – ela riu

Gente, obrigado pelos comentários que têm feito às minhas webs. Mas por favor, comentem também as outras. 
Amanha tenho de fazer uma web de capítulo unico, mas ainda nao tenho nenhuma ideia, por isso não sei se vou fazer. Se alguém tiver alguma ideia, é só dizer.

5 comentários:

  1. espero que essa mudança do arthur seja verdadeira. amando ele assim carinhoso

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  2. faz ele aceitar um tratamento e arranjar um trabalho digno pf

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  3. ele tem que provar que merece o amor da lua novamente, faz ele mudar para melhor pf. quero mt eles felizes
    ass Sophia

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  4. +++++++++++++++++++++++++++++

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