O tempo cura tudo - 5º Capítulo

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POV NARRADOR

Lua não era a primeira adolescente a ficar gravida e não será a ultima, não mesmo. Mas pelo menos, esta adolescente se esforça para tirar da vida as melhores coisas que ela tem, embora que nem sempre a vida seja sensata com Lua.
A loirinha aos poucos conquista a sua felicidade, trabalha e luta para pagar tudo o que deve, mas sempre que chega em casa encontra algo que a desilude, mas que mesmo assim não deixa de amar.
Arthur está cada vez pior. Bebe, fuma, se droga e roubar já virou vício, assim como maltratar Lua.

- Você trouxe o que eu pedi? – Arthur perguntou, mal viu a Lua colocar um pé dentro de casa. Ela estava cansada, pois vinha do trabalho agora.
- Não Arthur, eu não tive tempo e…

Ele nem deixou ela terminar de falar. Se jogou logo em cima dela e começou a bater-lhe muito. Lua se encolheu, jogou os sacos e a bolsa no chão ao ver que Arthur cambaleava até ela com aquelas mãos no ar. Ela colocou as mãos à frente do rosto, mas antes disso, Arthur acertou lá em cheio.

- Sua vadia! Não teve tempo porquê hein? Porquê? Teve ocupada de mais dando pros outros é? – ele pegou os cabelos dela e jogou a cabeça pra trás – Eu pedi pra você me trazer as garrafas não pedi? – os olhos deve expressavam raiva – PEDI OU NÃO PEDI? – ele gritou
- Pedi-u… - ela chorava, soluçava e tentava sair das mãos dele. Mas estava impossível

Ele continuo batendo nela, mas o pior foi quando jogou ela no chão que caiu de cara, de barriga para baixo. Desde essa queda, começou a sentir uma grande dor na barriga. Não só na barriga, como em várias partes do corpo, mas principalmente na barriga.
Lua segurou forte a barriga continuou chorando e gritando no chão da sala. Arthur estava passado com tudo e se desesperou mais quando a garota apagou.

- ACORDA! – Arthur abanava Lua – ACORDA LUA, ACORDA! PORR*, CARALH*! ACORDA! – ele começou a abana-la de um lado para o outro, tentando fazer com que ela acordasse e nada!

Pegou pelos braços dela e a levou para o banheiro. Coloco-a sobre o seu colo, no chão e jogou água para o outro da menina. Como ela não acordava, colocou o seu perfume, que era forte e continuou jogando água. Lua começou a se virar de um lado para o outro, a sentir a respiração ofegante e a ficar meia aflita com aquele cheiro. Ela começou a tossir e levantou do colo dele, super fraca.

- Porr*, me deu um susto! Pensei que tinha morrido – ele se levantou e com o balanço vez Lua ficar no chão de novo
- Você não presta… - ela colocou a mão na cabeça, se encolhendo de dor – Você quase me matou… e quase matava o… - ela parou de falar e Arthur percebeu que ela ia dizer algo
- Matava o que? Você? Você é louca? Acha que eu sou o quê? Assassino?
- Não… - ela aos poucos foi levantando e segurando a porta do banheiro, para se assegurar e não cair – Você é um agressor… você é violento. Eu sofro de violência domestica por sua causa. Eu juro, eu juro que eu tenho te entender – ela engolia o choro – Mas você não me trata como eu mereço, não cuida de mim e não me ajuda. Eu segurei até agora, mas não aguento mais, NÃO AGUENTO! – ela gritou na cara dele, chorando. Arthur estava estático, segurando os seus punhos fortes – Eu vou te denunciar!
- Você não vai nada! – ele falou autoritário
- Vou sim! Chega! Cansei de você. Cansei! – ela gritava – Você não ter feito muito mal ao ser que eu tenho aqui dentro – Lua colocou as mãos na barriga – Que pode a essa altura, já nem existir…

O rosto de Lua estava vermelho e como é claro, todo marcado pela porrada que levou de novo hoje pelo Arthur. ela continuava chorando e as dores não paravam. Será que o seu filho estava bem? Será que aconteceu alguma coisa com ele?
Lua foi para o quarto, pegou umas roupas e foi de novo para o banheiro, tomar um banho pra depois ir ao hospital.
Enquanto isso, Arthur foi para a sala. Ficou pensativo. Teria ele entendido bem?

- Eu vou ser pai? – ele falou consigo mesmo, pensando alto

A ideia não lhe saia da cabeça, mas o agradava muito. Apesar de tudo, o sonho de Arthur sempre foi ser pai. Ele sabia que não estava no bom caminho, sabia que tinha de melhorar em tudo, mas se ele tivesse um pequeno incentivo, ele conseguiria melhorar.

- Lua… - ele a chamou, com um rosto totalmente serio e pensativo – Eu precisava de falar com você…
- Eu não posso agora! – Lua falou com uma voz autoritária também – Eu chamei um táxi, já que graças a você e devido às dividas, ficamos sem o nosso carro
- Lua, por favor. É serio! eu preciso de conversar com você – ele levantou do sofá e fez um rosto como à muito tempo não fazia. Ele se aproximou de Lua, que estava parada na porta e tentou segurar a mão dela. Mas ela não deixou. Se afastou com medo – Eu quero mudar. Eu juro!
- Não me venha com essas tretas. Você já me disse mil vezes que ia mudar, mas nunca mudou. Pelo contrário, só piora de dia para dia. Eu estou farta disso! Farta!
- Se você me ajudar, eu juro que consigo. Eu juro Lua – ele se colocou de joelhos, diante de Lua – Eu juro que se você me ajudar, eu melhoro. Eu faço tudo o que você quiser. Eu faço tudo a que esteja ao meu alcance para deixar essa maldita vida e cuidar do nosso filho…
- Que eu nem sei mais se existe… - e de novo, Lua voltou a chorar
- O quê?
- É isso mesmo que você ouviu. Eu sangrei durante o banho, tudo por sua causa, que me bateu sem dó nem piedade. Se eu perder esse filho, a culpa é sua e eu juro que não te perdoarei nunca por isso!
- Quer dizer que você não vai fazer queixa de mim?
- Eu vou te dar uma ultima chance, mas é a ultima ouviu? A ultima! – Lua encarou Arthur e depois saiu, batendo com a porta.

Ela foi ao hospital, fez exames e todos indicaram algumas fraturas em certas partes do corpo. Mas felizmente, não chegou ao bebé.

- Me desculpe a pergunta, mas o que aconteceu a você? Porque tem tantas marcadas pelo corpo? E o seu rosto? – a médica fazia pergunta atrás de pergunta – Eu sei que tem montes de maquilhagem ai, mas mesmo assim eu noto alguns traços no seus rosto…
- Eu… eu acabei de ser espancada, quase
- Mas o que lhe aconteceu?
- Eu… eu fui assaltada. – mentiu
- Você tem certeza? E onde foi? foi aqui perto? Alguém viu?
- Não… foi quando eu ia para casa. Ninguém viu. Mas fiquei com medo e resolvi vir cá
- Fez bem…

A médica não acreditou em nenhuma palavra que a Lua disse. Mas essa era sempre a desculpa que Lua andava. Ou ela tinha sido assaltada, ou então caiu de muitas escadas a baixo.

Lua voltou para casa e fez o que Arthur antes lhe tinha pedido: comprou as cinco garrafas daquela bebida forte que ele agora insiste em beber.
Quando chegou em casa, viu que a sala não estava mais no caus em que ele antes havia deixado. Arthur veio logo ter com ela, todo preocupado.

- E então…? – ele engoliu seco enquanto olhava para os olhos de Lua e de vez em quando para a sua barriga
- Então que está tudo bem com o bebé
- Ufa! – ele respirou fundo. Que alivio. E com você?
- Tenho muitas nodoas negras, muitos arranhões e alguns cortes. Mas não se preocupe, não morrerei. – ela foi para a cozinha e deixou o saco em cima da mesa
- Compras?
- É… resolvi comprar, antes que me espanque de novo. Vou para o quarto. – Lua foi e deixou Arthur encarando as garrafas

Do nada, ele sentiu uma sede. Uma sede que estava acabando com ele. O seu corpo, queria o levar até às garrafas, abrir uma por uma e beber todas. E ele chegou mesmo a ir até lá e tirar todas as garrafas do saco.
Mas a sua mente o trazia frases que à bem poucas horas disse e prometeu fazer “eu vou parar com essa vida. Eu quero mudar.”
Num ataque de raiva, ele jogou garrafa por garrafa, todas para o chão. Todas se partiram. Deu uma dor no coraçao dele de ver todo aquele álcool ir embora, mas a sua mente agradeceu a boa ação que ele fez.

Lua veio correndo ver o que se passava e deu de caras com Arthur na cozinha, sentando na cadeira de cabeça baixa e viu no chão todo aquele álcool derramado. Foi uma razão para ir para o banheiro enjoada com aquele cheiro.

Postando mais cedo porque hoje tem festa em casa até tarde! Até amanha ;) 

5 comentários:

  1. ele tem que conseguir mudar, para ser feliz com a Lu e o filho deles

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  2. que ódio do Arthur por maltratar a Lua e o bebé.
    ass Sophia

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  3. o Arthur tem que aproveitar a última oportunidade que a Lua tá lhe dando. ele tem que se tratar e recuperar o amor dela e a confiança. ele tem que ser um novo homem e ser feliz e fazer feliz a sua familia que vai ganhar um novo membro. ele tem que ser um bom namorido e pai

    Ana

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  4. ele tem que mudar e ser um homem de verdade, marido e pai de familia. se nao a lua tem que se libertar dele, ele t+a um montro

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  5. que saco ela gravida e sempre a mesma coisa

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