POV
NARRADOR
Lua não
era a primeira adolescente a ficar gravida e não será a ultima, não mesmo. Mas
pelo menos, esta adolescente se esforça para tirar da vida as melhores coisas
que ela tem, embora que nem sempre a vida seja sensata com Lua.
A loirinha
aos poucos conquista a sua felicidade, trabalha e luta para pagar tudo o que
deve, mas sempre que chega em casa encontra algo que a desilude, mas que mesmo
assim não deixa de amar.
Arthur
está cada vez pior. Bebe, fuma, se droga e roubar já virou vício, assim como
maltratar Lua.
- Você
trouxe o que eu pedi? – Arthur perguntou, mal viu a Lua colocar um pé dentro de
casa. Ela estava cansada, pois vinha do trabalho agora.
- Não
Arthur, eu não tive tempo e…
Ele nem
deixou ela terminar de falar. Se jogou logo em cima dela e começou a bater-lhe
muito. Lua se encolheu, jogou os sacos e a bolsa no chão ao ver que Arthur
cambaleava até ela com aquelas mãos no ar. Ela colocou as mãos à frente do
rosto, mas antes disso, Arthur acertou lá em cheio.
- Sua
vadia! Não teve tempo porquê hein? Porquê? Teve ocupada de mais dando pros
outros é? – ele pegou os cabelos dela e jogou a cabeça pra trás – Eu pedi pra
você me trazer as garrafas não pedi? – os olhos deve expressavam raiva – PEDI
OU NÃO PEDI? – ele gritou
- Pedi-u…
- ela chorava, soluçava e tentava sair das mãos dele. Mas estava impossível
Ele
continuo batendo nela, mas o pior foi quando jogou ela no chão que caiu de
cara, de barriga para baixo. Desde essa queda, começou a sentir uma grande dor
na barriga. Não só na barriga, como em várias partes do corpo, mas
principalmente na barriga.
Lua
segurou forte a barriga continuou chorando e gritando no chão da sala. Arthur
estava passado com tudo e se desesperou mais quando a garota apagou.
- ACORDA!
– Arthur abanava Lua – ACORDA LUA, ACORDA! PORR*, CARALH*! ACORDA! – ele
começou a abana-la de um lado para o outro, tentando fazer com que ela
acordasse e nada!
Pegou
pelos braços dela e a levou para o banheiro. Coloco-a sobre o seu colo, no chão
e jogou água para o outro da menina. Como ela não acordava, colocou o seu
perfume, que era forte e continuou jogando água. Lua começou a se virar de um
lado para o outro, a sentir a respiração ofegante e a ficar meia aflita com
aquele cheiro. Ela começou a tossir e levantou do colo dele, super fraca.
- Porr*,
me deu um susto! Pensei que tinha morrido – ele se levantou e com o balanço vez
Lua ficar no chão de novo
- Você não
presta… - ela colocou a mão na cabeça, se encolhendo de dor – Você quase me
matou… e quase matava o… - ela parou de falar e Arthur percebeu que ela ia
dizer algo
- Matava o
que? Você? Você é louca? Acha que eu sou o quê? Assassino?
- Não… -
ela aos poucos foi levantando e segurando a porta do banheiro, para se
assegurar e não cair – Você é um agressor… você é violento. Eu sofro de
violência domestica por sua causa. Eu juro, eu juro que eu tenho te entender –
ela engolia o choro – Mas você não me trata como eu mereço, não cuida de mim e
não me ajuda. Eu segurei até agora, mas não aguento mais, NÃO AGUENTO! – ela
gritou na cara dele, chorando. Arthur estava estático, segurando os seus punhos
fortes – Eu vou te denunciar!
- Você não
vai nada! – ele falou autoritário
- Vou sim!
Chega! Cansei de você. Cansei! – ela gritava – Você não ter feito muito mal ao
ser que eu tenho aqui dentro – Lua colocou as mãos na barriga – Que pode a essa
altura, já nem existir…
O rosto de
Lua estava vermelho e como é claro, todo marcado pela porrada que levou de novo
hoje pelo Arthur. ela continuava chorando e as dores não paravam. Será que o
seu filho estava bem? Será que aconteceu alguma coisa com ele?
Lua foi
para o quarto, pegou umas roupas e foi de novo para o banheiro, tomar um banho
pra depois ir ao hospital.
Enquanto
isso, Arthur foi para a sala. Ficou pensativo. Teria ele entendido bem?
- Eu vou
ser pai? – ele falou consigo mesmo, pensando alto
A ideia
não lhe saia da cabeça, mas o agradava muito. Apesar de tudo, o sonho de Arthur
sempre foi ser pai. Ele sabia que não estava no bom caminho, sabia que tinha de
melhorar em tudo, mas se ele tivesse um pequeno incentivo, ele conseguiria
melhorar.
- Lua… -
ele a chamou, com um rosto totalmente serio e pensativo – Eu precisava de falar
com você…
- Eu não
posso agora! – Lua falou com uma voz autoritária também – Eu chamei um táxi, já
que graças a você e devido às dividas, ficamos sem o nosso carro
- Lua, por
favor. É serio! eu preciso de conversar com você – ele levantou do sofá e fez
um rosto como à muito tempo não fazia. Ele se aproximou de Lua, que estava
parada na porta e tentou segurar a mão dela. Mas ela não deixou. Se afastou com
medo – Eu quero mudar. Eu juro!
- Não me venha
com essas tretas. Você já me disse mil vezes que ia mudar, mas nunca mudou.
Pelo contrário, só piora de dia para dia. Eu estou farta disso! Farta!
- Se você
me ajudar, eu juro que consigo. Eu juro Lua – ele se colocou de joelhos, diante
de Lua – Eu juro que se você me ajudar, eu melhoro. Eu faço tudo o que você
quiser. Eu faço tudo a que esteja ao meu alcance para deixar essa maldita vida
e cuidar do nosso filho…
- Que eu
nem sei mais se existe… - e de novo, Lua voltou a chorar
- O quê?
- É isso
mesmo que você ouviu. Eu sangrei durante o banho, tudo por sua causa, que me
bateu sem dó nem piedade. Se eu perder esse filho, a culpa é sua e eu juro que
não te perdoarei nunca por isso!
- Quer
dizer que você não vai fazer queixa de mim?
- Eu vou
te dar uma ultima chance, mas é a ultima ouviu? A ultima! – Lua encarou Arthur
e depois saiu, batendo com a porta.
Ela foi ao
hospital, fez exames e todos indicaram algumas fraturas em certas partes do
corpo. Mas felizmente, não chegou ao bebé.
- Me
desculpe a pergunta, mas o que aconteceu a você? Porque tem tantas marcadas
pelo corpo? E o seu rosto? – a médica fazia pergunta atrás de pergunta – Eu sei
que tem montes de maquilhagem ai, mas mesmo assim eu noto alguns traços no seus
rosto…
- Eu… eu
acabei de ser espancada, quase
- Mas o
que lhe aconteceu?
- Eu… eu
fui assaltada. – mentiu
- Você tem
certeza? E onde foi? foi aqui perto? Alguém viu?
- Não… foi
quando eu ia para casa. Ninguém viu. Mas fiquei com medo e resolvi vir cá
- Fez bem…
A médica
não acreditou em nenhuma palavra que a Lua disse. Mas essa era sempre a
desculpa que Lua andava. Ou ela tinha sido assaltada, ou então caiu de muitas
escadas a baixo.
Lua voltou
para casa e fez o que Arthur antes lhe tinha pedido: comprou as cinco garrafas
daquela bebida forte que ele agora insiste em beber.
Quando
chegou em casa, viu que a sala não estava mais no caus em que ele antes havia
deixado. Arthur veio logo ter com ela, todo preocupado.
- E
então…? – ele engoliu seco enquanto olhava para os olhos de Lua e de vez em
quando para a sua barriga
- Então
que está tudo bem com o bebé
- Ufa! –
ele respirou fundo. Que alivio. E com você?
- Tenho
muitas nodoas negras, muitos arranhões e alguns cortes. Mas não se preocupe,
não morrerei. – ela foi para a cozinha e deixou o saco em cima da mesa
- Compras?
- É…
resolvi comprar, antes que me espanque de novo. Vou para o quarto. – Lua foi e
deixou Arthur encarando as garrafas
Do nada,
ele sentiu uma sede. Uma sede que estava acabando com ele. O seu corpo, queria
o levar até às garrafas, abrir uma por uma e beber todas. E ele chegou mesmo a
ir até lá e tirar todas as garrafas do saco.
Mas a sua
mente o trazia frases que à bem poucas horas disse e prometeu fazer “eu vou
parar com essa vida. Eu quero mudar.”
Num ataque
de raiva, ele jogou garrafa por garrafa, todas para o chão. Todas se partiram.
Deu uma dor no coraçao dele de ver todo aquele álcool ir embora, mas a sua
mente agradeceu a boa ação que ele fez.
Lua veio
correndo ver o que se passava e deu de caras com Arthur na cozinha, sentando na
cadeira de cabeça baixa e viu no chão todo aquele álcool derramado. Foi uma
razão para ir para o banheiro enjoada com aquele cheiro.
Postando mais cedo porque hoje tem festa em casa até tarde! Até amanha ;)
ele tem que conseguir mudar, para ser feliz com a Lu e o filho deles
ResponderExcluirque ódio do Arthur por maltratar a Lua e o bebé.
ResponderExcluirass Sophia
o Arthur tem que aproveitar a última oportunidade que a Lua tá lhe dando. ele tem que se tratar e recuperar o amor dela e a confiança. ele tem que ser um novo homem e ser feliz e fazer feliz a sua familia que vai ganhar um novo membro. ele tem que ser um bom namorido e pai
ResponderExcluirAna
ele tem que mudar e ser um homem de verdade, marido e pai de familia. se nao a lua tem que se libertar dele, ele t+a um montro
ResponderExcluirque saco ela gravida e sempre a mesma coisa
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