O tempo cura tudo - 1º Capítulo

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POV NARRADOR

A vida parecia fácil, pelo menos para quem trabalha todos os dias e todos os meses era compensado com um bom salario. O trabalho é uma coisa seria, é algo que devemos levar com respeito se quisermos ser respeitados também. tem certas coisas que não devemos fazer, mas por vezes não pensamos e acaba acontecendo…

- Arthur, já te avisei! Se você chegar mais uma vez atrasado, você será despedido – avisou o chefe da empresa
- Eu sei. Mas dessa vez perdi o onibus
- Hoje perdeu o onibus, ontem furou o pneu e antes de ontem o despertador não tocou. São desculpas desnecessárias para um empregado inteligente com você
- Juro que não volta a acontecer.
- Da primeira vez, você também disse isso. – ele encarou Arthur e foi embora

Arthur trabalhava como uma espécie de secretário. Ele atendia telefonemas, tratava de reuniões e de agendas preenchidas e ainda anotava todas as encomendas de produtos exportados. Ele era uma verdadeira máquina.

Lua também trabalhava e felizmente não se deixava levar pelos mesmos caminhos do namorado. Ela havia saído há três anos de casa por isso era hora de se tornar mulherzinha.

- Estamos perdidos! – disse a chefe, colocando as mãos à cabeça
- O que aconteceu?
- Fomos roubados no banco.
- E agora?
- Os salários de todos vocês vão levar um corte! – avisou a chefe

Lua e Arthur vivam num apartamento T2 no meio da cidade movimentada de Sidney. Quando compraram o apê, ele apenas estava mobilado, faltavam apenas alguns equipamentos como eletrodomésticos e decoração necessários para viverem bem no dia a dia naquele apê.
Aos poucos eles foram comprando tudo, mas como à pouco tempo o Arthur havia sido recompensado no trabalho com um aumento de salario, decidiram se meter em várias coisas ao mesmo tempo. Compraram uma nova geladeira, maquina de lavar louça, máquina de secar roupa assim como alguns quatros e roupas novas que a Lua viu em lojas de decoração, algumas super caras.

- Temos de ter cuidado com os gastos Arthur. Eu vou levar um corte no salario. Você tem de parar de fumar o mais rápido possível. E as saídas à noite todas as sextas feiras vão acabar!
- E só eu que tenho de cortar nos gastos? E os seus cafés todos os sábados e domingos? E as suas idas ao shopping?
- Eu vou cortar nisso também! agente ainda está pagando muitas coisas em leves prestações, mas o dinheiro pode acabar
- Está tudo tranquilo amor. – Arthur abraçou a garota 
- Hoje você não chegou tarde ao trabalho, pois não?
- Não! – mentiu
- É que o despertador tocou quando eu sai e eu não vi você levantar
- Assim que você fechou a porta, eu levantei
- Espero que tenha se levantado mesmo. Você tem chegado tarde a casa
- Trabalho… - desconversou, enquanto acendia outro cigarro
- Sempre trabalho? Você trabalha o que? 12horas por dia?
- Amor, relaxa…
- Não é amor! – tossiu – E tira esse fumo de perto de mim. Vai fumar para a rua, aqui não! – ordenou

O vicio do cigarro de Arthur já tinha começado cedo, ou seja, desde os seus 17 anos que ele fumava e Lua odiava isso. ele já disse que por ela deixava de fumar, mas é algo que ele não consegue controlar. Se ele parar de fumar, fica nervoso e acaba descarregando em todo o mundo.
Todos os dias, após o trabalho, Arthur costuma ir com os amigos jogar poker onde tem dias que ganha dinheiro e outros que perde o dobro do dinheiro que ganhou. Mas Lua não sabe disso, ela nem sonha.

Apesar disso, eles são um casal feliz. Arthur é romântico e Lua é sempre carinhosa com ele. Quase nunca discutem, mas como os problemas estão a se aproximar, amor é o que não vão ter tao cedo. 

- Eu avisei Arthur! – gritava o chefe – Eu avisei que mais um atraso e você era despedido! E é agora. Vá pro meio da rua. Eu não quero empregados como você.
- Mas a culpa não foi minha. A minha mãe ficou doente e…
- Não minta Aguiar, não minta! Eu vi a sua mãe ainda hoje muito bem de saúde. Chega! Eu vou lhe passar um cheque com o resto do dinheiro deste mês e depois, pode ir embora.

Arthur tinha sido avisado milhares de vezes, mas ele nunca escutava. Pensava que ser despedido ia ser para os frascos. Mas se esqueceu que ele é igual a todos os outros.

- Eu fui despedido! – confessou à Lua
- Você o que?
- é o que você ouviu… mas amor, fica calma. Eu vou conseguir outro emprego rápido. Eu juro
- Arthur, eu te avisei tanto – Lua choramingava – E agora? Eu estou recebendo tão pouco e…
- Calma, vai dar tudo certo! Eu vou deixar de fumar, eu vou correr pelas ruas à procura de emprego. Tudo vai dar certo

Nos primeiros dias, Arthur até fez o que disse. Ele deixou de fumar, ele saiu pelas ruas à procura de emprego e até deixou de frequentar os salões de jogos de poker.
Mas o pior, foi quando foi “empurrado” para os maus caminhos.

- Se liga parceiro! – dizia o mafioso – Se você fizer o que agente manda, você vai ganhar milhões por dia. Milhões!
- Você tem certeza disso? Não é perigoso? Afinal, estamos a falar de mercadoria roubada e ainda por cima tráfico de drogas
- Vai dar tudo certo!

Através de um cara, que jogava poker também, Arthur conheceu um bando de pessoas que não tinham muito bom aspeto. Eles diziam que Arthur tinha de estar sempre disponível para tratar de mercadorias. Ou seja, ele tinha de transportar mercadorias de um lado para o outro, sempre a ser discreto. O pior é que essas mercadorias eram roubadas e caso ele fosse apanhado, ele seria preso.

- Eu consegui um emprego! – disse a Lua
- E onde é? – ela ficou feliz por ele ter se esforçado
- É um pouco longe daqui. Eu tenho de fazer mercadorias e essas coisas. É legal – ele forçou o sorriso e tirou um cigarro do bolso
- Você disse que tinha parado de fumar… - Lua ficou incrédula ao ver ele fumar outro cigarro
- Eu sei… mas é que estou nervoso com o novo trabalho. É só hoje, prometo.
- Quando será que você começa a ganhar dinheiro? É que temos contas atrasadas, como a água, a luz… 
- Amanha mesmo eu acho que consigo algum dinheiro
- Nossa, já?
- É – sorriu – Eles gostaram de mim.

ÉÉÉÉÉÉ! Vai ser problemática ahaha queria mudar um pouco, para nao ser sempre a mesma coisa

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