Não foi um erro - 33º Capitulo

|


No capitulo anterior…

POV ARTHUR

Olhei em volta e não lhe conseguir achar em parte nenhuma do mar. vi, muito rápido, os cabelos dela sobre a água, mas desapareceu rápido, então fui por baixo de água e peguei ela, que quase se afogava.

- Te avisei para ir longe! – disse, enquanto trazia ela pra fora de água ao colo. Deixei na areia e deitei ao lado. Estava quase sem ar, pois nadei fundo para lhe ir buscar – Maluca, pra próxima te deixo lá! Lua? – levantei rápido, pois em momento nenhum ela tinha dito algo.

Ela não dava sinal nenhum. Não falava, não abria os olhos, não se mexia. Eu começava a ficar preocupado, então segurei de imediato o seu pulso. Felizmente, ainda sentia pulsação. Fiquei aliviado.
Rapidinho, um monte de gente ficou ao nosso redor. Comecei a abanar a cabeça dela e passei para a respiração boca a boca. Senti ela se mexer e deitar água pra fora e foi assim que fiquei mais descansado!

- Poxa Lua! Me assustou! – segurei a cabeça dela
- Aii, a minha cabeça! – ela reclamou de dor – Seu louco, podia ter morrido por sua causa! – ela começou a me bater
- Para! Salvei sua vida! – peguei os braços dela
- Claro, depois de quase ter acabado com ela! – ela saiu brava de lá, passando entre meio de todas as pessoas que assistiam à nossa discussão.
- Oxii, que mulher dura de roer! – dizia uma babaca qualquer
- Ela não é nenhum osso pra roer, nem eu sou cachorro! – respondi torto a ele mesmo! Babaca!

Fui atrás de Lua, que estava na tolha com a Yasmin, arrumando tudo para vir embora.

- Vir à praia foi um erro hoje. Alias, falar com o seu pai, foi um erro. Se aproximar dele, foi outro.
- Deixa de ser assim! – pedi, vendo ela arrumando tudo muito apressada
- Deixar de ser assim? – ela parou para me encarar – Eu quase morri!
- O que? – Yasmin perguntou incrédula
- Não exagera. Eu estava lá!
- Eu falei que não queria entrar no mar, mas você quase me obrigou
- Ahh, QUASE né? – falei a palavra bem alto pra ela entender – Eu te disse pra você não ir longe e o que você fez? Precisamente o contrário! – agente brigava feio já
- O mar é que me empurrou, eu não fiz de propósito!
- Ahh claro! – disse irónico – A culpa é do mar!
- Não! a culpa é sua mesmo!
- Claro, tudo eu, tudo eu!

Não dissemos mais nada até chegar a casa. O pior disso, é que ela ainda fez birra quando eu perguntei se ela queria sorvete, pois parei para comprar um para a Yasmin.
 Arrumamos as coisas de praia, sem trocar uma palavra e por fim, fomos fazer o jantar. Quero dizer, ela ficou fazendo, porque eu fui ver o que a Yasmin fazia fechada no quarto à 30 minutos.

- Posso? – bati à porta antes de entrar. Ela estava no quarto onde dorme com a Lua. Ela ainda tem medo de dormir no seu próprio quarto sozinha. Diz que tem fantasmas.
- Pode… - ouvi ela suspirar e virar umas folhas brancas para baixo, fazendo com que eu não visse nada
- O que se passa? Está triste? – sentei no chão, ao seu lado
- Não… - com certeza mentiu. Eu já conheço a filha que tenho
- Diz lá o que foi… eu posso ajudar?
- Não. é só que… - ela deixou uma lagrima cair – Eu nunca vou ter uma família de verdade. Nunca vou ter um papai e uma mamae que dormem no mesmo quarto e que dão beijos na boca e que me vêm dar beijos à noite para eu adormecer
- Porquê isso agora? – limpei algumas lagrimas que insistiam em cair
- Todas as minhas amiguinhas da escola falam coisas lindas que fazem com os pais e eu nunca tenho nada que dizer. E depois elas zoam comigo
- Mas você hoje foi à praia com os seus pais, né? – tentei fazer com que ela sorrisse
- É… agente foi. mas vocês brigaram e a mamãe estava com um mau humor. Ela nem me deu banho.
- Mas você sabe tomar sozinha. As pessoas adultas às vezes têm discussões assim. É normal. Mas depois elas ficam bem
- Quer dizer que você e a mamãe vão ficar bem?
- Claro que sim. – abracei ela – Não se preocupa com agente. Está tudo bem.

Continuei com ela no quarto, vendo os desenhos que ela tinha feito. O primeiro era de uma família feliz, na praia. O outro era de um peixinho, que é o animal preferido dela, que sonha ter. E o próximo, ela falou que me ia desenhar a mim.

Antes que o jantar ficasse pronto, eu fui até à cozinha. Coloquei os pratos na mesa e por fim sentei no balcão para tentar falar com a Lua. Ela sabia que eu estava lá, mas nem assim foi capaz de pôr conversa entre agente. O orgulho domina o corpo daquela mulher.

- Queria te pedir desculpas sobre hoje. – disse eu – Sei que a culpa até pode ter sido minha. Mas você também não dá o braço a torcer.
- Não tenho nada pra te dar mesmo
- Falei com a Yasmin agora. Ela estava triste, chorando até…
- O que acontece com a minha filha? – ela olhou muito rápido para mim, assustada com o poderia ter acontecido
- Ela apenas está triste por não ter um pai e uma mãe que se amam. – olhei nos olhos de Lua, que desviou o olhar
- De novo isso… - ela colocou as mãos no balcão
- Ela já tinha falado com você sobre isso?
- Já… mas eu conversei com ela e pensei que estava tudo resolvido já.
- Poderia ter falado comigo
- Você não ia entender!
- É… esqueci que eu nunca entendo nada – ela segurou a risada, que eu vi
- Não entende mesmo! – sorriu, enquanto começava a fazer a salada – Eu tenho uma raiva de você Arthur
- Porquê? – desci do balcão
- Porque que você me faz rir nos momentos em que eu devo ficar seria – ambos rimos, dessa vez, olhando um nos olhos do outro – Alias, você sempre teve o poder de me fazer isso
- E você sempre teve esse orgulho. Quero dizer, agora piorou muito, muito mesmo! – ri e ajudei ela na salada – Agente podia tentar ser uma família normal, né?
- Como?
- Podíamos fazer mais coisas juntos… - ela deixou a taça cair para a pia e eu segurei a taça ao mesmo tempo que ela – Podiamos deixar de ter segredos um para o outro.
- Isso significa quase ter um compromisso. Eu não quero isso, não com você!
- O que tem de mal, eu?
- Nada… tirando tudo!
- Aff, você é complicada viu?
- Sou mesmo! – ela riu
- Você é complicada, orgulhosa e muito teimosa.
- Teimosa em relação a quê?
- A tudo! Você não admite que gostou daquele jeito, na sala
- Não tenho que admitir nada sobre aquele beijo
- Mas de outro beijo, você pode admitir né? – segurei as suas mãos e roubei um pequeno selinho, porém, demorado…
- Aii Arthur, mas de novo? – ela colocou as mãos na cintura
- É… você falou ainda hoje que eu era louco né? – ele riu, fazendo Lua rir também

Os proximos 2 capitulos serão D+
Mas só postarei amanhã. Já estou no pc à muito tempo e depois fico com dor de cabeça :(

5 comentários: