Não foi um erro - 23º Capitulo

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No capítulo anterior…

POV LUA

- Por favor, não fale comigo! Não estou em condições
- Vamos conversar
- Não quero! Eu já disse que não. está feliz com o que fez? Está feliz por quase tirar a minha filha de mim? Eu te aviso Aguiar, se algo acontecer de mal à Yasmin enquanto ela estiver com você, eu te mato ouviu? Eu te mato! – ameacei ele

POV ARTHUR

Eu sou pai e como o juiz disse, tenho os meus direitos. O problema dele perceber isso foi ter de pagar um dinheiro estra que ele me cobrou, se não, eu estava tramado. Sim, eu subornei o juiz, mas ninguém precisa de saber. Afinal, fiz tudo para poder estar com a minha filha e merecer um pouco do seu respeito.

- O que vocês fez foi certo amor! – disse Alice – Mas a Lua não gostou nada
- Eu sei que não. mas ela tem de entender que a filha também é minha
- Você devia era ter conseguido a guarda da criança
- Quem sabe um dia mais tarde – sorri pra ela – Bom, ela deve estar chegando. – olhei o relogio – O Pedro é que vem pôr ela aqui
- Acho ridículo a Lua não vir. Ela é tao criança
- A Lua é apegada à filha – corrigi – É normal ela não querer nem se despedir da Yasmin
- Vai defender ela agora é? – Alice me encarou
- Claro que não! – respondi – Apenas estou a ter um pouco de noção
- Se você diz. Quando marcamos a nossa viagem de volta para Londres? Brasil já deu o que tinha a dar…
- Eu acho que não vou para Londres tão cedo…
- Você o que? – ela me encarou de novo – Arthur, nem pensar! Agente veio aqui de passagem, você próprio disse que não queria nada do Brasil, apenas queria ferias
- Acontece que antes eu não sabia que tinha uma filha. Agora eu sei que tenho e quero ficar com ela
- Leva ela pra Londres uê
- Você tá louca? Você não sabe que eu não posso? – levantei a voz – Você chama a Lua de criança, mas você pra entender as coisas leva meio ano
- Olha como fala comigo! Eu não sou a Lua! – ela gritou também – Burro! – ela foi para o banheiro. Depois lhe passa a birra

O hotel em que eu estava era grande sim, mas eu necessitava de algo melhor para manter a minha filha entretida durante um final de semana.
Este será o primeiro de muitos que eu vou ficar com ela. Espero que ela goste.
A campainha tocou, devia ser ela e o Pedro a chegarem.

- Oii – abri a porta, todo sorridente. Porém, as caras deles não eram as mesmas – E ai, tudo bem?
- Oi. Vem deixar a Yasmin aqui – ele sorriu forçado – Juízo pequena viu? Te amo!
- Também te amo papai! – respondeu a Yasmin ao Pedro. Doeu ao ouvir aquilo – Me liga à noite? Quero dormir com a voz de você e da mamãe. Pode ser?
- Ligo sim. Mas o Arthur vai fazer o mesmo com você
- Mas eu quero é você – os olhos dela se enchiam de lágrimas ao abraçar a perna do Pedro e ao se despedir dele
- Tchau linda, segunda feira venho cá te buscar
- Ou então eu deixo ela lá na vossa casa
- Sim, ou isso – ele me respondeu
- Tchau papai. – lagrimas rolaram o rosto da Yasmin
- Vem filha, não quero te ver assim – trouxe ela para dentro e fechei a porta – Você vai se divertir aqui, tenho a certeza. E já sei o que vamos fazer hoje
- Nada nem ninguém vai ser mais divertido do que o meu papai e a minha mamãe. E não, o meu papai não é você. É o Pedro
- Não linda, o seu pai sou eu, o Arthur.
- Não é não! você é feio, você é mau. Eu não gosto de você, nunca vou gostar! – ela gritava comigo com os olhos cheios de lágrimas
- Eu sei que é difícil de você entender, mas é verdade filha – peguei a mãozinha dela – Acredita em mim.
- Não me toca! – ela gritou e tirou a mão
- Que gritaria é essa? – Alice saiu do banheiro – Ela não sabe fazer outra coisa se não gritar? A tua mãe não te deu educação pirralha? – ela gritava de mais com a pequena
- Para de gritar com ela! – falei mais alto
- Como assim você tá gritando comigo? – Alice gritava também – Pensa que é quem? E tá assim irritadinho porque?
- Você que começou. Você que ficou bravinha
- Porque você está sendo um grosso comigo. Você não era assim Aguiar
- Eu sempre fui assim! – deixei bem claro – Você que não me conheceu o suficiente
- Claro. Em Londres não tínhamos tempo nem de conversar porque você so me queria para me levar para o seu quarto
- Até parece que você não gostava – gritei – Deixa de ser fresquinha
- Galinha, é o que você é!

No anda, ouço a porta do quarto bater com muita força. Olho para os lados desesperado e não vejo a Yasmin.

- Olha o que você fez, assustou a menina
- Você é que assustou com essa sua cara
- Acabou! Chega de você, cansei! – gritei
- O que? – ela me encarou
- Depois falamos. Faz as suas malas agora! – gritei com ela de novo

Sai do quarto meio desnorteado, olhei para os dois lados do corredor e nada da Yasmin. Olhei em frente, ontem tem o elevador e vi que ele estava descendo. A Yasmin só podia ter entrado lá. Mas ela é tao pequena e não conhece nada disto, ainda se pode perder.
Corri pelas escadas do outro lado do corredor e parei em todos os andares para lhe achar…

Amanhã posto mais *-* 

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