Não foi um erro - 1º Capitulo

FLASH BACK ON

POV LUA

Como eu era capaz, eu, menina bonita de 15 anos, estar tão apaixonada por um garoto? Tudo bem. Eu sei que ele não é um qualquer. Ele é o Arthur, menino mais afamado do colégio e o mais desejado também.

O que mais me choca é o poder que ele teve de me conquistar. Desde que ele entrou nessa escola que sempre teve o desejo de ser modelo. Isso é fato! E por isso mesmo, ele se gabava e ficava convencido com qualquer elogio que recebia das meninas e era isso que me irritava muito.

Eu detestava ele. Porém, esse “detestava” virou amor. Eu parei de lutar contra o que sentia e me rendi aos seus encantos. Ele tinha fama de ser pegador e era isso que me intimidava entrar numa relação seria com ele. Mas ele me impressionou muito, pois a partir do dia em que começamos a namorar, ele deixou de ser aquele que dava em cima de todas e passou a dar atenção só a mim.

FALSH BACK OFF

Namoramos a dois anos e eu não me arrependo de nada. Cada segundo com ele foi ótimo. Porém, a sua mania de querer ser modelo ainda continua.

Pensei que ele tinha parado à cerca de um ano quando os seus pais se separaram. Foi um momento duro para ele porque ele teve de escolher entre o pai e a mãe. Ele escolheu ficar com a mãe aqui para ficar comigo, enquanto o pai foi para Londres, onde tem vários negócios.

- Que boné eu levo hoje?

- Um qualquer Aguiar! – dizia eu impaciente – Será que você não consegue apenas pegar um e andar?

- Não é tão fácil assim. – dizia enquanto olhava para dois bonés. Um azul e outro preto – Qual é o que você gosta mais?

- O preto. Combina com a sua calça – zuei

- É. Você tem razão. Vou levar esse mesmo.

- Se um dia te chamarem de gay, não se importe. É que você está igualzinho a um.

- Aff, até parece que você não gosta.

- Já podemos ir ao cinema?

- Lógico! – respondeu ele

- Aleluia senhor! – levantei da sua cama -  Se chegarmos atrasados, a culpa é sua.

- Tudo eu, tudo eu. – ele reclamava

Saimos do seu quarto e nos encaminhamos para a entrada da casa, onde ele vive com a mãe. Quando eu cheguei, ela não estava em casa. Mas na hora de sairmos, ela chegou.

- Lua, por aqui? – ela perguntou

- É. Vim tirar o Arthur daquele quarto. Ele não parava de se fotografar

- Eu preciso de ter a melhor foto para aquele negócio do facebook.

- E estavam sozinhos no quarto faz tempo? – ela perguntou desconfiada

- Não mãe. Nem faz tanto tempo assim. Não se preocupa tá? – ele deu um beijo nela e saímos

- Juízo! – disse para nós dois

Enquanto íamos no onibus até ao cinema, conversávamos sobre nós. Porém, as meninas que estavam atrás de nós não paravam de olhar o MEU namorado. Mas isso já é costume.

- Eu detesto quando a sua mãe fica desconfiada – desabafei

- Ela tem medo da gente fazer uma besteira. É normal ou não?

- Lógico que é. Quando ficamos sozinhos no meu quarto, a minha mãe pensão mesmo

- Então… - ele dava por concluída a conversa

- Elas têm medo que agente dê aquele passo, né?

- Exatamente!

- Mas acho que nem vai acontecer… não agora.

- É…

O Arthur é mais velho que eu dois anos. Sei muito bem que ele já nem é virgem. Tudo aconteceu numa festa, onde ele bebeu de mais e acabou ficando com uma qualquer. Isso foi à dois anos atrás, antes de namorarmos. Felizmente ele me contou isso. não que eu quisesse saber dos pormenores, mas assim saberia que ele já não era virgem, o que por vezes me assustava.

- Que filme você quer?

- Que tal romance?

- Nem pensar! Eu quero comédia

- Mas porque é que não pode ser uma coisa mais romântica? – cruzei os braços

- Da ultima vez foi você que decidiu docinho

- Tá bom, vamos lá ver um de comédia

Eu adorava comédia, mas acho que preferia romance, pois o clima entre agente ficava melhor. Mas pronto…

Entramos na sala, que pelo caminho tem alguns espelhos e ele parou duas vezes para endireitar a sua blusa e o seu cabelo. Mas pronto, eu conheço o namorado que tenho.

- Esse filme é super legal

- É de que mesmo?

- Comédia docinho. – odiava quando ele me chamava assim – É um cara gótico/emo, super rude, super grosseiro, que tem de se transformar num perfeito cavalheiro. Ai tem a namorada que lhe ajuda. Porém é tudo uma grande confusão. É super legal – ele gargalhou

- Ah… - disse minimamente interessada

O filme todo ele deu gargalhadas. Indiretamente, o filme tinha a ver com modas, e é por isso que ele adorou. Eu não achei assim tanta graça.

Na hora de voltar para casa, ele foi me levar lá e ficou à porta, se despedindo de mim.

- Vejo que não achou piada nenhuma ao filme

- Queria uma coisa mais romântica – dizia de braços cruzados

- Docinho, pra quê mais romantismo? Não chega nos dois? – ele pegou o meu queixo, para eu olhar nos olhos dele

- Não sei… você não me liga nenhuma. Não me manda mensagens à noite como antes, não me dá flores aos domingos, não canta, mesmo desafinado, para mim… não é mais o mesmo

- Tem acontecido muita coisa nesses tempos. Por isso eu to assim

- Que coisas? – perguntei

- Ahh, nada de mais… - ele olhou para outro lado, menos para  mim

- Você nem me conta mais os seus segredos

- Somos apenas namorados Lua. Melhores amigos eu tenho e é a eles que eu conto os meus segredos

- Mas os namorados também servem para isso! – eu disse com os olhos cheios de lágrimas – Você não me ama mais, é isso? – perguntei

- Claro que não docinho. – ele limpou algumas lagrimas que caiam sobre o meu rosto – Eu amo você!

- Não parece…

- Um dia ficará tudo melhor, prometo!

- Se você diz…

Amanhã tem mais desta web. Vou postar 2ª Temp de LuAr na casa dos segredos